sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Que fim levaram os Apóstolos?

Que fim levaram os Apóstolos?

deldebbio | 9 de dezembro de 2010
Nos posts mais antigos onde expliquei sobre o Jesus histórico, ficou faltando falar a respeito dos doze apóstolos, os sacerdotes que acompanharam Yeshua em sua jornada e foram os primeiros responsáveis pela expansão das doutrinas espirituais essênias (e também os primeiros mártires), até a dominação romana e Constantino, o picareta, que transformou a história de Yeshua, um revolucionário judeu, em um mito Jesus-Apolo para agradar aos cidadãos romanos.
Afinal de contas, quem eram e que fim tiveram os doze apóstolos?


“Ele chamou para si os seus discípulos,
e deles escolheu doze, a quem ele chamou de apóstolos.”

Lucas 6:13
Simão Zelote

Também conhecido como Simão de Jerusalém, Simão Zelote ou Simão, o Cananeu. Fazia parte da mesma seita judaica que Judas, os Zelotes. O momento no qual se ocorreu o chamamento de Simão para se unir aos apóstolos não é muito claro na Bíblia. Sabe-se apenas que foi convidado ao mesmo tempo que André, Simão Pedro, Tiago e João, filhos de Zebedeu, Judas Iscariotes e Judas Tadeu (Mateus 4:18-22).
Após a crucificação, Simão retorna às Pirâmides do Egito, base de todo o conhecimento esotérico ocidental, junto com São Marco e São Filipe, onde estabelece as bases da Igreja Copta. Assim como José e Jesus, Simão possuía o grau de Mestre Carpinteiro, sendo retratado carregando um serrote.
Simão foi crucificado na Armênia.
Posteriormente, devido à grande quantidade de imagens e esculturas retratando Simão com um serrote em suas mãos, a Igreja Católica colocou oficialmente que a causa de sua morte foi ter sido “serrado ao meio”.

Judas Tadeu
São Judas Tadeu, ou Judas Lebeu, ou Judas, irmão de Tiago, ou Judas Tomás (nos apócrifos) é o autor da epístola de Judas. Os textos gnósticos o colocam como irmão de Yeshua.
Segundo a Igreja Ortodoxa, foi Judas Tadeu quem levou o cristianismo à Armênia e Pérsia, tendo terminado seus dias crucificado junto com Simão Zelote.
Judas Tadeu é representado carregando uma régua de carpinteiro e um machado, símbolo dos construtores em madeira (e mais tarde símbolo da Ordem dos Carbonários).
A Igreja Católica adaptou a imagem tradicional de São Judas carregando a machadinha, dizendo que ele foi “decapitado”.
São Judas Tadeu é considerado o Santo das causas Perdidas. Também é conhecido como o “Santo esquecido” pois muitas pessoas o confundem com Judas Iscariotis. Algumas dioceses o renomearam extra-oficialmente para “São Tadeu” (Thaddeus na bíblia inglesa) para evitar confusão. Para os que gostam de futebol, ele é considerado patrono do time do Flamengo.

Mateus
São Mateus, também conhecido como Levi, era um coletor de impostos. Segundo a tradição, ele teria escrito um dos quatro evangelhos considerados oficiais pela Igreja de Roma. Os especialistas afirmam, porém, que o texto em grego possui um estilo e maneira de descrever as ações diferente da utilizada na época, levantando suspeitas de que teria sido escrito posteriormente e que Mateus e Levi teriam sido pessoas diferentes (tanto que “Mateus” não é nem mencionado nos Evangelhos de João).
Terminou seus dias pregando na Palestina e na Etiópia, onde foi martirizado.

Filipe
São Filipe, ou Saint Phillip, já era um dos discípulos de Yeshua e foi ele quem apresentou Nathanael (ou Bartolomeu) para ele. Nascido na cidade de Bethsaida, estava relacionado com André e Pedro dentro da comunidade essênia. De acordo com a Igreja Alexandrina, Filipe era casado e tinha filhos.
Junto com Bartolomeu, Filipe ficou encarregado de pregar na Grécia e Síria. Após quase vinte anos de pregações, acabou crucificado em 54 DC na cidade de Hierapolis.

Tiago Menor
Tiago, filho de Alfeu, também conhecido como Santiago Menor (para distingui-lo de Santiago Maior e Tiago, o Justo), é referido no Novo Testamento como um irmão do apóstolo Judas e filho de Maria, esposa de Cléofas. Foi o primeiro bispo de Jerusalém (anos 42 a 62 d.C) o mesmo que escreveu uma das Epístolas do Novo Testamento. Como “Alfeu” também é mencionado como pai de Levi, é possível que os apóstolos Tiago e Mateus sejam irmãos.
É conhecido como “James” na bíblia Inglesa (que também é a razão pela qual “James Potter”, pai do Harry Potter foi traduzido como “Tiago” em português). Seu símbolo é uma serra de carpinteiro.
Flávio Josefo em sua obra Antigüidades Judaicas narra que este apóstolo tomou para si o encargo de dirigir a Igreja de Jerusalém após a partida de Pedro e que participou ativamente do primeiro Concílio da Igreja, que tratava da questão da circuncisão e da pregação do evangelho para os pagãos, evento este que teria ocorrido por volta de 54 DC.
Tiago foi o líder da comunidade cristã daquele local por cerca de dezoito anos, provocando a fúria dos sacerdotes judeus, em especial o sumo sacerdote Anás II, que instigaram as turbas dos judeus a trucidarem Tiago.

Tomé
São Tomé, o padroeiro dos ateus e céticos, também conhecido como São Tome Didymus ou São Tomé Didimo ou Thomas, na bíblia inglesa. Os textos Apócrifos o chamam de Judas Tomé. O engraçado é que Tomé não é exatamente um nome, mas um adjetivo, que significa “gêmeo”, o mesmo vale para Didymus, que é gêmeo em grego. Mas permanece a pergunta: Irmão gêmeo de quem? O livro apócrifo “Livro de Tomé, o Adversário” diz que Tomé é irmão de Yeshua.
Da mesma forma que se acredita que Pedro e Paulo disseminaram as sementes do cristianismo pela Grécia e Roma, Marcos pelo Egito e João pela Síria e Ásia Menor, Tomé teria levado a Palavra à Índia, tendo sido o primeiro dos Católicos do Leste.
As várias denominações da moderna da Igreja oriental dos Cristãos de São Tomé atribuem suas origens à sua tradição oral, datada de fins do século II, que alega ter Tomé chegado a Maliankara, próxima à vila de Moothakunnam, na região de Paravoor Thaluk, em 52 DC. Esse vilarejo está localizado a 5km de Kodungallur, no Estado indiano de Kerala, e contém as igrejas dedicadas a São Tomé, popularmente conhecidas como Ezharappallikal (“As Sete igrejas e meia”). Essas igrejas estão em Cranganor, Coulão, Niranam, Nilackal (Chayal), Kokkamangalam, Kottakkayal (Paravoor), Palayoor (Chattukulangara) e Thiruvithamkode – a meia-igreja.
Foi provavelmente o mais ativo do apóstolos ao leste da Síria. Uma tradição informa que ele pregou até à Índia. Os cristãos indianos chamados Martoma, uma denominação muito antiga dentro do Cristianismo, o reverenciam como o fundador dela. Segundo esta igreja, Tomé foi morto lá pelas lanças de quatro soldados.

João
João, ou John, é o único dos apóstolos que morreu de morte natural em idade avançada. Ele era o líder da Igreja na região da cidade de Éfeso, e é-se dito de que tinha Maria, a mãe de Jesus, em sua casa, de quem cuidava. Durante a perseguição do imperador romano Domiciano, pelo meio da década de 90 d.C., ele foi exilado na Ilha de Pátmos. Foi ali, segundo se crê, que ele teria escrito o último livro do Novo Testamento: o Livro do Apocalipse. O Livro do Apocalipse (Ou Livro das Revelações), que em sua essência, é uma versão do Livro de Toth que ensina os iniciados a construírem seus próprios Arcanos do Tarot. O Apocalipse é constituído de 22 capítulos, cada um dedicado a um arcano diferente. Como utiliza de muitas alegorias e os católicos levam absolutamente TUDO ao pé da letra, eles acham que o livro trata do fim do mundo, da besta do apocalipse, do fogo do inferno, de serpentes e trombetas. Deste livro saiu toda a mitologia em torno do número 666, que eu já expliquei a origem em colunas passadas.
Existe uma controvérsia a respeito do João Evangelista e João de Patmos serem pessoas diferentes.

Judas Iscariotis
Também conhecido como Judas Sicário, falei bastante sobre ele em uma coluna antiga.
Alguns estudiosos entendem que o nome Judas foi diabolizado no Novo Testamento, com a intenção de agredir o povo judeu, como sendo responsáveis morais pela morte de Cristo. Judas, em grego Ioudas, é uma transliteração do nome hebraico Judá. Durante muito tempo, a Igreja Católica associou a figura de Judas Iscariotes ao povo judeu pelo fato de não terem aceitado Jesus de Nazaré como o prometido Messias (ou Cristo). Esta convicção uniu-se a outros fatores anti-semitas, servindo de justificação para a perseguição religiosa. Mais tarde, como veremos, ela foi utilizada pela doutrina dos Cavaleiros Teutônicos e, posteriormente, pelo Regime Nazista.
Judas pode ter sido morto, ter se suicidado ou, de acordo com os textos Apócrifos que ele mesmo escreveu, ter se retirado para o Deserto para passar seus dias em meditação.

Pedro
Pedro, cujo nome original era Simão (Marcos 3:16) e em muitas igrejas é conhecido como Simão Pedro, dono de uma das companhias marítimas de Bethsaida, na Galiléia (João 1:44, João 12:21) e chamado na bíblia de “pescador”. Alguns textos medievais o chamam de “Simon Bar”, “Jochanan” (os textos aramaicos) e “Kephra” (que significa “Rocha”, nos textos gregos).
Nos Evangelhos Sinóticos, o nome de Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus. Assim como seu irmão André, antes de seguir Jesus, tenha sido discípulo de João Batista entre os essênios.
O apóstolo Pedro, depois de ter exercido o episcopado em Antioquia, tornou-se o primeiro Bispo de Roma. Depois de solto da prisão em Jerusalém, o apóstolo viajou até Roma e aí ficou até ser expulso com os judeus e cristãos pelo imperador Cláudio, época em que voltou a Jerusalém e participou da reunião de apóstolos sobre os rituais judeus no chamado Concílio de Jerusalém. Após esta reunião, ficou em Antioquia (como o seu companheiro de ministério, Paulo, afirma em sua carta aos gálatas). É tido pelos católicos como o primeiro papa. Foi mártir na cidade de Roma em cerca de 64 d.C., durante a perseguição do imperador Nero.
Junto com Paulo de Tarso (também conhecido como São Paulo, que NÃO era um dos apóstolos originais, ao contrário do que muita gente pensa), fundaram o bispado de Roma que, por “ter sido fundado por dois apóstolos” tinha primazia sobre os demais bispados.
Pedro foi crucificado de cabeça para baixo no Circo de Nero a seu próprio pedido, por não se sentir de valor suficiente para morrer da mesma forma que o seu Senhor havia morrido. São Pedro também é tradicionalmente o detentor das “Chaves do Paraíso”, que abrem as portas do céu. Mas falarei sobre isso outro dia, porque esta história é muito longa e merece um post só para ela.
Ironicamente, a cruz que representa o primeiro papa hoje é considerada um símbolo “satânico”. Mas quem foi que fez esta associação? Tio Marcelo foi pesquisar e descobriu que a foram os EVANGÉLICOS (mas não os pastores estelionatários brasileiros… os evangélicos pentecostais americanos foram os primeiros a associar a cruz de São Pedro ao anticristo, em uma tentativa de atacar os católicos novaiorquinos logo no começo do século XX). Mais tarde, os pseudo-satanistas de plantão adotaram esta cruz como seu símbolo, na década de 60. Engraçado que, graças a Hollywood, todo mundo pensa que esta associação é antiga, dos tempos medievais, talvez… mas ela não tem nem um século.

André
André, ou Andrew, foi discípulo de São João Baptista, e cedo se tornou um dos primeiros seguidores de Jesus (com Pedro, de quem era irmão, e Tiago)
Após a crucificação de Yeshua, André foi para a “terra dos canibais”, que hoje são os países que compuseram a ex-União Soviética, região identificada por Cítia, por Eusébio de Cesaréia. Os cristãos daquela região atestam que ele foi o primeiro a levar o Evangelho para lá. Ele também pregou na Ásia Menor, hoje conhecida como Turquia, e na Grécia, onde acabou sendo crucificado em uma cruz em forma de X.
A tradição narra ainda que foi crucificado em 30 de novembro do ano 60 DC em Patras, no Peloponeso (na então província romana da Acaia, correspondente ao sul da moderna Grécia – como referência para os mochileiros, Patras é a cidade em que você chega na Grécia se vier de barco pela Itália usando o Europass), numa cruz dita Crux decussata (em forma de ×), a qual tomou o nome de Cruz de Santo André. De acordo com a tradição, as suas relíquias foram trasladadas de Patras para Constantinopla, e mais tarde, pelos Cavaleiros Templários, para a cidade escocesa de Saint Andrews. Santo André é considerado patrono da Escócia e sua cruz é usada na bandeira deste país.
Também é considerado o fundador da igreja em Bizâncio (Constatinopla e, atualmente, Istambul), motivo pelo qual é considerado o primeiro Patriarca de Constantinopla.

Tiago Maior
São Tiago maior, ou Tiago, filho de Zebedeu, era filho de Zebedeu e Salomé (não confundir com a mulher que mandou matar João Batista; esta Salomé, mãe de Tiago, era, ao lado de Maria Madalena, uma das principais discípulas de Yeshua), e irmão do apóstolo São João Evangelista.
Os nomes Tiago e Jaime derivam indiretamente do latim Iacobus, por sua vez uma latinização do nome hebraico Jacob (aportuguesado em Jacó).
Com o decorrer do tempo, o nome evoluiu em diversas direções, de acordo com as línguas: manteve-se Jakob em alemão e em outras línguas nórdicas, James em inglês, Jacques em francês.
Yeshua chamada Tiago e João de Boanerges, ou seja, “Filhos do Trovão”, assim como Thor ou Ares.
foi o primeiro apóstolo a morrer, e teria sido mandado decapitar por ordem de Herodes Agripa I, rei da Judeia, cerca do ano 44, em Jerusalém. É, aliás, o único apóstolo cuja morte vem narrada na Bíblia, nos Atos dos Apóstolos, 12, 1-2 (“Ele (Herodes) fez perecer pelo fio da espada Tiago, irmão de João”). Esta espada que decapitou tanto São João Batista quanto Tiago Maior tornou-se uma relíquia templária. Falarei mais sobre ela quando chegar na lenda do Rei Arthur e Excalibur.
O seu corpo foi, então, transportado para a Espanha, e sepultado na Galiza, no lugar de Compostela (depois chamado, em sua honra, Santiago de Compostela). Sobre essa tumba viria a ser erguida a Catedral de Santiago de Compostela e teria tido início a Peregrinação a Santiago de Compostela, a terceira cidade mais importante no cristianismo (atrás apenas de Jerusalém e Roma).

Bartolomeu
São Bartolomeu, ou Nathanael, tem muito pouco escrito sobre ele nos evangelhos clássicos.
Fez viagens missionárias para muitas partes. Porém tal informação é passada através de uma tradição. Ele teria ido a Índia com Tomé, voltou à Armênia, e foi também à Etiópia e ao sul da Arábia. Existem várias informações de como ele teria encontrado a sua morte como mártir do Evangelho no Cáucaso, sendo a mais difundida a de que teria esfolado vivo e, depois, decapitado pelo governador de Albanópolis, atual Derbent. Suas relíquias estão atualmente em Roma.
Matias, o suplente
Matias foi o escolhido entre os 120 principais seguidores de Yeshua para ficar no lugar de Judas Iscariotes.
Uma tradição diz que São Matias foi para a Síria com André; pregou o Evangelho na Judéia, seguindo para a Etiópia e, posteriormente, se dirigiu para região da Cólquida (agora conhecida como Geórgia Caucasiana), onde foi crucificado. Um marco localizado nas ruínas da fortaleza romana de Gônio, atual Apsaros, nas modernas regiões georgianas de Adjara indicam que Matias estará sepultado naquele lugar.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Os Mistérios do Santo Graal


Segundo a lenda, José de Arimatéia teria recolhido no 'Cálice usado na Última Ceia (o Cálice Sagrado), o sangue que jorrou de Cristo quando ele recebeu o golpe de misericórdia, dado pelo soldado romano Longinus, usando uma lança, depois da crucificação.

Em outra versão da lenda, teria sido a própria Maria Madalena, segundo a Bíblia a única mulher além de Maria (a mãe de Jesus) presente na crucificação de Jesus, que teria ficado com a guarda do cálice e o teria levado para a França, onde passou o resto de sua vida.

A lenda tornou-se popular na Europa nos séculos XII e XIII por meio dos romances de Chrétien de Troyes, particularmente através do livro "Le Conte du Graal" publicado por volta de 1190, e que conta a busca de Percival pelo cálice.

Mais tarde, o poeta francês Robert de Boron publicou Roman de L'Estoire du Graal, escrito entre 1200 e 1210, e que tornou-se a versão mais popular da história, e já tem todos os elementos da lenda como a conhecemos hoje.

Na literatura medieval, a procura do Graal representava a tentativa por parte do cavaleiro de alcançar a perfeição. Em torno dele criou-se um complexo conjunto de histórias relacionadas com o reinado de Artur na Inglaterra, e da busca que os cavaleiros da Távola Redonda fizeram para obtê-lo e devolver a paz ao reino. Nas histórias misturam-se elementos cristãos e pagãos relacionados com a cultura Celta.

A presença do Graal na Inglaterra é justificada por ter sido José de Arimatéia o fundador da Igreja inglesa, para onde foi ao sair da Palestina.

Segundo algumas histórias, o Santo Graal teria ficado sob a tutela da Ordem do Templo, também conhecida como Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, instituição militar-religiosa criada para defender as conquistas nas Cruzadas e os peregrinos na Terra Santa. Alguns associam aos templários a irmandade que Wolfram cita em "Parzifal".

Segundo uma das versões da lenda, os Templários teriam levado o cálice para a aldeia francesa de Rennes-Le-Château. Em outra versão, o cálice teria sido levado de Constantinopla para Troyes, na França, onde ele desapareceu durante a Revolução francesa.

Em um país de maioria católica como o Brasil, a figura do Graal é tida, comumente, como a da taça que serviu Jesus durante a Última Ceia e na qual José de Arimatéia teria recolhido o sangue do Salvador crucificado proveniente da ferida no flanco provocada pela lança do centurião romano Longino ("Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados perfurou-Lhe o lado com uma lança e logo saiu sangue e água" - João19:33-34).

A Igreja Católica não dá ao cálice mais do que um valor simbólico e acredita que o Graal não passa de literatura medieval, apesar de reconhecer que alguns personagens possam realmente haver existido. É provável que as origens pagãs do cálice tenham causado descontentamento à Igreja. Em "Os mistérios do Rei Artur", Elizabeth Jenkins ressalta que "no mundo do romance, a história era acrescida de vida e de significado emocional, mas a Igreja, apesar do encorajamento que dava às outras histórias de milagres, a esta não deu nenhum apoio, embora esta lenda seja a mais surpreendente do ponto de vista pictórico. Nas representações de José de Arimatéia em vitrais de igrejas, ele aparece segurando não um cálice, mas dois frascos ou galheteiros". Alguns tomam o cálice de ágata que está na igreja de Valência, na Espanha, como aquele que teria servido Cristo mas, aparentemente, a peça data do século XIV.

sábado, 28 de agosto de 2010

AKHENATON - MISTÉRIO E CORAGEM
A civilização de Amenófis III e o poder de Tebas

A originalidade da obra empreendida por Akhenaton não é contestável, seja qual for o limite que cada historiador queira colocar. No entanto, é preciso entender a realidade do meio em que ele surgiu para melhor avaliar sua caminhada.
Seu pai, o faraó Amenófis III, começa a reinar por volta de 1.408 a.C. Seu governo se estenderá sobre um Egito fabulosamente rico que conhece seu verdadeiro apogeu. O prestígio das Duas Terras, nome tradicional do Egito, é imenso, tanto pela qualidade da civilização, quanto pelo poderio militar. A corte de Amenófis III apresenta um padrão de dignidade muito acima da média e, durante seu reinado, as artes, a arquitetura e as ciências recebem por parte do faraó uma atenção especial.
Amenófis III - Pai de Akhenaton

Sendo um enamorado da beleza, Amenófis III traz para a cultura egípcia elementos da cultura de outros povos com os quais mantém intercâmbio diplomático. Seu reinado porém, esbarra com dois problemas. O primeiro é a ascensão do poder militar dos hititas, que não recebem do faraó a devida atenção gerando, ao longo dos anos, grande inquietação interna e a desconfiança dos países aliados. O segundo é o grande poderio dos sacerdotes de Tebas, que não aceitam a forma centralizadora da administração adotada pelo faraó. Com efeito, Tebas é a cidade santa do deus Amon, O Oculto.
Funcionando como um verdadeiro Estado dentro do Estado, e com o Sumo Sacerdote com poderes de rei, são freqüentes as situações de confronto com o faraó, uma vez que criar e alijar reis era hábito dos sacerdotes de Amon. Neste meio, envolvido pela arte e a beleza, pelos temores da guerra e pelas tensões geradas pelo clero, nasce e cresce o futuro faraó Amenófis IV.



Descobrir Akhenaton é o mesmo que trazer à evidência um tipo de homem que busca ter uma visão do universo, colocando seus ideais acima das circunstâncias materiais e políticas. Sua vida apresenta aspectos de uma procura que podemos qualificar como iniciática. Ela abre nosso coração para uma luz maior e enriquece-nos com uma experiência de grande coragem de alguém que acreditou em seu sentir.
A Família e a Educação

A formação do jovem Amenófis IV teve forte e positiva participação de seus pais, o faraó Amenófis III e a rainha Tii, um casal que a história registra como sendo de rara inteligência e com princípios morais elevados. Seu pai, homem de pulso forte, soube se fazer cercar de sábios que o assessoravam no governo do Egito e demonstrou grande capacidade de conquistar pacificamente o apoio dos países vizinhos.
Demonstrou também coragem para romper com algumas tradições impostas ao faraó, dentre elas, a de se casar com uma mulher sem origem na realeza, mas sim de origem modesta. O faraó idealizava a formação de uma religião universalista, privilegiando em seu reinado o culto de Aton, apesar da forte influência de Tebas e seu deus Amon, o que certamente influenciou em muito a formação do pensamento de Akhenaton. Mais tarde, ainda vivo e durante o reinado de seu filho, Amenófis III apoiou as mudanças profundas promovidas por ele.


Sua mãe, a plebéia Tii, foi personalidade marcante da história do Egito, participando ativamente das grandes decisões políticas sendo que, em certos casos, chegou mesmo a desencadeá-las.
Rainha Tii ou Tiyi - mãe de Akhenaton

Tii leva uma vida apaixonante e não descansa jamais, sendo vista constantemente nas manifestações públicas ao lado do rei, fato este que era inusitado na história do Egito. Segundo muitos historiadores, foi ela quem preparou todo o caminho para a chegada do filho ao poder.
Além dos pais, dentre os sábios que conviviam com o faraó, houve um de especial importância para o jovem Amenófis. Trata-se de Amenhotep, considerado um dos maiores sábios do Egito e que foi o grande educador do futuro faraó. Amenhotep era um homem que defendia ser fundamental acionar as idéias e conhecimentos de cada um, sem o que de nada valia o conhecimento para o homem.
Esta posição foi fundamental na formação de Akhenaton, que possuía, desde jovem, grande tendência mística, e que encontrou em em seu preceptor Amenhotep o conhecimento necessário para buscar o equilíbrio de suas ações.

Início do Reinado

Amenófis IV - que mais tarde ficou conhecido como Akhenaton - foi coroado faraó aos 15 anos de idade, assumindo o poder e co-regência com seu pai, numa época em que Egito vivia uma situação interna tranqüila e de grande prosperidade. Seu reinado durou 13 anos (1.370 à 1.357 a.C.). Amenófis III morreu no 12o ano do reinado de Akhenaton.
Durante os oito anos do período de co-regência, Amenófis III pode passar ao filho toda sua experiência e também servir de apoio para as grandes mudanças promovidas por ele. É o pai também quem controla a impetuosidade do filho, evitando um confronto com o clero de Tebas antes que tivessem sido lançadas as bases da "revolução amarniana". O jovem Amenófis IV acredita que um ideal justo sempre triunfa, mas aprende com o pai a ser paciente.
Sua mãe, que viveu durante os seis primeiros anos de seu reinado, foi responsável pela estruturação das tendências místicas de Amenófis IV, fazendo com que ele se aproximasse da parte do clero que estava ligada aos antigos cultos do Egito, onde Aton era o deus maior.
Assim, durante os quatro primeiros anos de seu reinado, Amenófis IV vai, lentamente, se afastando de Tebas e amadurecendo a idéia de um Deus universal. Ao final deste período, ele inicia a grande revolução. Proclama sua intenção de realizar a cerimônia religiosa de regeneração - denominada "festa-sed" na qual o faraó "se recarrega".
Para este ritual mágico, manda construir um templo para Aton e adota o nome de Akhenaton, o filho do sol. O significado destes atos é profundo dentro da cultura egípcia. O faraó indicava claramente que Aton passava à condição de deus do Egito, rompendo com os sacerdotes de Tebas.
No templo de Aton, pela primeira vez, o deus não tinha rosto, sendo representado pelo Disco Solar. Aton era o sol que iluminava a vida de todos. Imediatamente passa a ser conhecido como o faraó herético.
Akhenaton


Não se pode entender a obra de Akhenaton sem se conhecer a figura de sua esposa, Nefertiti, a bela que chegou, bem como a figura de seus pais e Amenhotep. Segundo os historiadores, era uma mulher de rara beleza. Nefertiti, egípcia, pertencia a uma grande família nobre.
Não seria ela, no entanto, quem o futuro faraó deveria desposar, o que novamente indica a independência da família real em relação aos usos e costumes impostos à corte.
O casamento, porém, se deu quando Amenófis IV tinha, aproximadamente 12 anos, sendo que Nefertiti era ainda mais jovem que ele. Akhenaton e Nefertiti acabaram por transformar seu casamento estatal em um casamento de amor.
São muitas as cenas de arte que retratam o relacionamento carinhoso entre eles, o que, por si só, mostra a intensidade deste relacionamento, uma vez que não era comum na arte egípcia a expressão destes sentimentos. Com efeito, Akhenaton e Nefertiti são, até hoje, citados como exemplo de um dos casais românticos mais famosos da história.



Do mesmo modo de Tii, Nefertiti era muito mais que uma esposa e mãe, embora preenchesse perfeitamente estas funções. Foi também uma das cabeças pensantes da civilização amarniana, como ficou conhecida a obra de Akhenaton. Sob sua doçura e fascínio, ocultava uma vontade de impiedoso rigor.
Nefertiti


Grã-sacerdotiza do culto de Aton, Nefertiti dirigia o clero feminino e nesta função conquistou o carinho e a admiração do povo.
Soube canalizar este sentimento popular de modo a fortalecer o carisma de seu marido diante do Egito. Viveu com o mesmo ardor de Akhenaton a nova espiritualidade.
O casal teve seis filhas e nenhum filho. Quando do declínio da saúde de Akhenaton, foi Nefertiti quem preparou sua sucessão.
Segundo os historiadores, foi ela quem preparou o jovem Tut-ankh-Aton para ocupar o trono, que mais tarde reinou sob o nome de Tut-ankh-Amon. No espírito de Nefertiti, este era o único meio de preservar a continuidade monárquica e de garantir um necessário retorno à ordem.





Akhenaton - o Edificador
A idéia do deus único e universal foi se tornando cada vez mais consistente para Akhenaton. Com sabedoria e coragem, ele foi dando passos firmes para a construção de seu propósito. Era preciso materializar a idéia. Durante o quarto ano de seu reinado, Akhenaton definiu o local onde seria erguida a nova cidade. Sua escolha não se deu ao acaso, mas dentro de todo um simbolismo coerente com a nova doutrina.
A cidade se chamaria Tell el Amarna que significa O Horizonte de Aton, ortanto, A Cidade do Sol. Estava localizada perto do Nilo, portanto, perto da linha da vida do Egito e a meio caminho entre Mênfis e Tebas, ou seja, simbolicamente seria o ponto de equilíbrio entre o mundo material e o mundo espiritual.
Ao todo foram quatro anos para a construção de Amarna com 8 km de comprimento e largura máxima de 1,5 km, com ruas grandes e largas, paralelas ao Nilo. Apenas no sexto ano é que ele anuncia oficialmente a fundação da cidade de Amarna.
A proclamação recebeu integral apoio do clero de Heliópolis. Amarna passava a ser a nova cidade teológica onde seria adorado um deus solar, único. Com a construção de Amarna, num local em que o homem jamais havia trabalhado, Akhenaton prova que não é um místico sonhador, mas alguém compromissado em construir seus ideais, disposto a fazer uma nova era de consciência de Deus.
Amarna não é uma cidade comum, mas o símbolo de uma nova forma de civilização, onde as relações humanas, desde a religião até a economia, achavam-se modificadas. Foi uma maneira de dar uma forma inteligível de suas idéias para os homens. Foi o teatro de uma tentativa fantástica de implantação do monoteísmo.
Ali havia gente de todas as nações que se transformaram de súditos em discípulos de Akhenaton. Viver em Amarna, era tentar desafiar o desconhecido e mergulhar na aventura do novo conhecimento, acreditando que o sol da justiça e do amor jamais se deitaria.

A Vida em Amarna
Capital do Egito, cidade protegida, Amarna é antes de tudo uma cidade mística em virtude da própria personalidade do rei. Viver em Amarna era compartilhar da vida do casal real, suas alegrias e suas dores. Era descobrir, no rei, um mestre espiritual que ensinava as leis da evolução interior.

Akhenaton e Nefertiti constantemente passeavam pela cidade, a bordo da carruagem do sol, buscando um contato com seus súditos. Diariamente, cabia a Akhenaton comandar a cerimônia de homenagem ao nascer do sol e a Nefertiti, a cerimônia do pôr do sol.
Para administrar a cidade, tendo como conselheiros políticos o pai, a mãe e um tio de nome Aí, Akhenaton herdou grande parte dos auxiliares de seu pai, que adotaram com entusiasmo a nova orientação religiosa do faraó. Akhenaton cuidou de ensinar a nova espiritualidade a todos seus auxiliares diretos.
Esta espiritualidade se baseia numa religião interior e na certeza de que existe um mesmo Deus para todos os homens.


Akhenaton favoreceu a ascensão social de numerosos estrangeiros abrindo ainda mais o Egito para a influência de culturas de outros povos. Assim, rapidamente o perfil social do Egito sofreu uma alteração de grande vulto. É fácil imaginar que muitos foram aqueles que ficaram descontentes com a nova situação, mas a grandiosidade do faraó fazia com que se mantivesse um equilíbrio na sociedade, e de sua sabedoria emanava uma energia que influenciava positivamente todos os aspectos da vida no Egito.

A arte egípcia foi particularmente influenciada durante o reinado de Akhenaton, sendo historicamente classificada como a Arte Amarniana. De forma extremamente inovadora para a época, ela registra a visão que o faraó tinha do homem e do universo. Pela primeira vez surgem obras mostrando a vida familiar, o que vem ao encontro da concepção de Akhenaton de que o fluxo divino passa obrigatoriamente pelo organismo familiar. Em algumas obras, aparecem também membros da família real nus, como indicação da necessidade da transparência interior. Este tema da transparência do ser está presente na mística universal.
Akhenaton permitiu que se registrasse em obras de arte, cenas da intimidade da vida da família real, o que jamais fora feito antes. Também são muito utilizados temas onde aparece a natureza, fauna e flora, considerados a grande dádiva da vida vinda de Aton. Outro aspecto relevante é a representação do faraó com aspectos nitidamente femininos, o que indicava ser ele, como filho do sol, origem da vida para o Egito, e portanto, ao mesmo tempo pai e mãe de seus súditos. A história classifica estas representações como as do Akhenaton teológico.
Na poesia, a contribuição da civilização de Akhenaton é muito rica, especialmente nos escritos religiosos em homenagem ao deus Aton. É através dela que o faraó mostra a unicidade de Deus - o Princípio Solar - que criou o Universo, deu origem à vida em todas as suas manifestações. O Princípio Solar rege a harmonia do mundo, tudo cria e permanece na unidade.

Akhenaton e a Religião da Luz
Devemos observar que mesmo durante o período em que Tebas exerce a maior influência na religião egípcia, Mênfis e Heliópolis continuavam a alimentar a espiritualidade do reino.

Os sacerdotes destas cidades, sem o poder material de Tebas, consagravam-se ao estudo das tradições sagradas que cada faraó devia conhecer. Foi com estes sacerdotes que Akhenaton foi buscar as bases na nova ordem religiosa. Apesar dos séculos que nos separam da aventura espiritual de Akhenaton, podemos perceber seu ideal e sua razão de ser e nos aproximarmos, passo a passo, de Aton, cetro misterioso da fé do faraó.
Para ele (Akhenaton), Aton é um princípio divino invisível, intangível e onipresente, porque nada pode existir sem ele. Aton tem a possibilidade de revelar o que está oculto, sendo o núcleo da força criadora que se manifesta sob inúmeras formas, iluminando ao mesmo tempo o mundo dos vivos e dos mortos e, portanto, iluminando o espírito humano sendo, por isso, a sua representação o disco solar, sem rosto, mas que a todos ilumina.


Aton é também o faráo do amor, que faz com que os seres vivos coexistam sem se destruir e procurem viver em harmonia.
Para Akhenaton, é essencial preservar uma "circulação de energia" entre a alma e o mundo dos vivos. Na realidade, não existe nenhuma ruptura entre o aparente e o oculto. Na religião do Egito não existe a morte, apenas uma série de transformações cujas leis são eternas. Em Amarna, os templos passam a ser visitados integralmente por todos, não mais existindo salas secretas em cujo interior somente os sacerdotes e o faraó podem entrar.
Para Akhenaton todos os homens são iguais diante de Aton. A experiência espiritual de Akhenaton e os textos da época amarniana deslumbraram mais de uma vez os sábios cristãos. Numa certa medida, pode-se dizer que ele é uma prefiguração do cristianismo que viria, com uma visão profunda da unicidade divina, traduzida pelo monoteísmo. É espantosa a semelhança existente entre o Hino a Aton e os textos do Livro dos Salmos da Bíblia, em especial o Salmo 104.
Por outro lado, é fácil encontrar semelhanças entre a vida de Akhenaton e a vida de Moisés. Se um destrói o bezerro de ouro, o outro luta contra a multiplicidade de deuses egípcios, ambos lutando pelo ideal do monoteísmo e se colocando como mestres dos ensinamentos divinos para todo um povo. A religião de Amarna continha uma magia maravilhosa, uma magia que aproxima o homem de sua fonte divina.

O fim de Akhenaton
A implantação da nova ordem religiosa tornou-se quase que a única tarefa merecedora da atenção do faraó. Com isso não combateu os movimentos internos daqueles que se sentiram prejudicados pela nova ordem e também pelo crescimento bélico dos hititas. Por volta do 12o ano de seu reinado, com a morte de Amenófis III, estes movimentos internos tomavam vulto e as hostilidades externas se agravavam.
Akhenaton, porém, fiel a seus princípios religiosos, se recusava a tomar atitudes de guerra, acreditando poder conquistar seus inimigos com o poder do amor de Aton.

Nesta altura, a saúde de Akhenaton dá sinais de fraqueza, e ele resolve iniciar um novo faraó. Em Amarna, Nefertiti iniciara a preparação de Tut-ankh-Aton, segundo genro do faraó, para a linha de sucessão, uma vez que o casal não possuía filho homem. Akhenaton no entanto, escolhe Semenkhkare, iniciando com ele uma co-regência do trono.
Embora não existam registros claros sobre este período, tudo indica que durante a co-regência, que durou 5 ou 6 anos, morre Nefertiti, e sua perda é um golpe demasiado forte para Akhenaton, que vem a falecer pouco depois com aproximadamente 33 anos. Seu reinado, no total, durou cerca de 19 anos.
Semenkhkare também faleceu praticamente na mesma época, deixando vazio o trono do Egito e permitindo aos sacerdotes de Tebas a indicação de Tut-ankh-Aton, que imediatamente mudou seu nome para Tut-ankh-Amon, indicando que Amon voltava a ser o deus supremo do Egito.

Por ser muito jovem e não possuir a estrutura de seus antecessores, Tut-ankh-Amon permitiu a volta da influência de Tebas que, por sua vez, não mediu esforços para destruir todo o legado de Akhenaton, incluindo-se a cidade de Amarna.
Akhenaton - Um Marco na História da Humanidade
O fim dramático da aventura amarniana é devido a circunstâncias políticas e históricas que não diminuem em nada o valor do ensinamento de Akhenaton. Se é inegável que o fundador da cidade do sol, a cidade da energia criadora, entrou em conflito com os homens que ele queria unir pelo amor de Deus, não é menos verdade que ele abriu uma nova concepção sobre esta luz que a cada instante se oferece aos homens de boa vontade.
Sua experiência foi uma tentativa sincera de perceber a Eterna Sabedoria e de torná-la perceptível a todos. A coragem que demonstrou na luta constante por seus ideais, sem dúvida, fez dele um marco eterno na história da humanidade.
A

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

SUA ENERGIA



Você é a cristalização de uma forma de energia. No entanto, diferentemente dos demais seres vivos, você é energia pura original em ação, já que é capaz de transmutar e criar, através de sua força pensante, de forma independente. Um protótipo da energia original criadora em ação, capaz de trazer à existência as coisas que não existem, através de uma ordem interior de criação determinada por seus padrões de pensamentos emocionalizados.
Todo ser humano é uma cristalização da Luz Cósmica e o próprio reflexo dessa forma interdimensional, projetada para gerar sua própria luz interna que se reflete externamente com a mesma medida e o mesmo padrão de energia oriundos de sua geração espontânea. Sendo assim, você tem o poder de realizar milagres de todos os tipos. Milagres de cura física, cura emocional, cura nos relacionamentos, cura nos negócios, etc.
Todos nós seres humanos, somos emissores/receptores de energias curadoras. Por isso temos em nós, todos os segredos dos ciclos do Cosmos para alcançar uma saúde perfeita, bastando sincronizarmos com a nossa galáxia, com o nosso Universo e com o Cosmos em toda a sua grandeza. Dessa forma; todos temos o poder de produzir milagres. Os grandes milagres de cura foram realizados por seres humanos iguaizinhos a nós. Eles apenas souberam canalizar corretamente a Energia Universal Criadora para reconfigurar seu sistema energético original que reflete saúde, harmonia e todos os demais atributos divinos. Só isso.
Como vemos; somos seres potencialmente divinos, capazes de reproduzir o Fiat Lux da Criação Divina. E temos grande poder de realização e transformação. Por isso, devemos ter muito cuidado com os nossos pensamentos, palavras e desejos. A menor energia que produzimos através de nossos pensamentos e desejos emocionalizados, são como átomos disparados no cosmos e, através do princípio de criação dinâmica, voltarão a nossa realidade e experiência, sempre potencializados. Essa é a energia da semente da realização que retorna como colheita obrigatória. A partir da cristalização, consciente ou não de tal energia, realizamos o nosso destino, a nossa felicidade, as nossas provisões e suprimentos,   a nossa paz interior, a nossa saúde e todas as nossas pequenas e grandes realizações.
Cada anseio de nossa alma é um ato potencialmente criativo que realizamos, elaborando dessa forma,  a energia primária da criação através das sementes-pensamento. A resposta dos cosmos é sempre a de reproduzir e potencializar tais energias, já que a natureza original divina trabalha pela expansão de todas as sementes plantadas no grande jardim cósmico.
Mais saiba que pensamento sem emoção é simplesmente energia dispendida à toa. O verbo (desejo ou palavra) deverá ser inteiramente encarnado em seu mundo interior para que a sua manifestação seja uma conseqüência direta. O pensamento com sentimento (emocionalizado) é o Portal da realização de todas as coisas.  É a emoção que dinamiza e potencializa o pensamento. A sua emoção é uma energia poderosíssima que, bem utilizada, tornará capaz de ativar as forças cósmicas para realizar para a restauração de seu ser, como um todo.
Experimente trabalhar a sua mente através do alinhamento aos princípios cósmicos. Para isso, torna-se necessário que você acredite que você é muito mais que seu corpo físico, passando a enxergar a verdadeira realidade por trás do mundo dos fenômenos. Persistindo nessa filosofia de vida, você perceberá que tudo não passa de energia e que tudo é uma coisa só. Que todos os corpos, eventos e circunstâncias que conhece, não passam de movimentações contínuas de energia ou "Luz", pulsando e vibrando em diferentes freqüências e cristalizando a Essência Universal Criadora em diferentes formas. Com o tempo, você terá sua consciência ampliada e reconhecerá seu corpo físico como uma extensão visível da mente e do espírito. Compreenderá então que a matéria nada mais é que energia cristalizada em uma forma ou em uma categoria de vibração e que o universo é uma dança frenética de energias em constante mutação.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

 


 A Rosa de Paracelso

deldebbio | 21 de julho de 2009 Em sua oficina, que abarcava os dois cômodos do porão, Paracelso pediu a seu Deus, a seu indeterminado Deus, a qualquer Deus, que lhe enviasse um discípulo.
Entardecia. O escasso fogo da lareira arrojava sombras irregulares. Levantar-se para acender a lâmpada de ferro era demasiado trabalho. Paracelso, distraído pela fadiga, esqueceu-se de sua prece. A noite havia apagado os empoeirados alambiques e o atanor quando bateram à porta. O homem, sonolento, levantou-se, subiu a breve escada de caracol e abriu uma das portadas. Entrou um desconhecido. Também estava muito cansado. Paracelso lhe indicou um banco; o outro sentou-se e esperou. Durante um tempo não trocaram uma palavra.

O mestre foi o primeiro que falou:
— Lembro-me de caras do Ocidente e de caras do Oriente — falou, não sem certa pompa — Não me lembro da tua. Quem és e que desejas de mim?
— O meu nome não importa — replicou o outro — Três dias e três noites tenho caminhado para entrar em tua casa. Quero ser teu discípulo. Trago-te todos os meus bens — e tirou um taleigo que colocou sobre a mesa. As moedas eram muitas e de ouro.
Fê-lo com a mão direita. Paracelso lhe havia dado as costas para acender a lâmpada. Quando se voltou, viu que na mão esquerda ele segurava uma rosa, que o inquietou. Recostou-se, juntou as pontas dos dedos e falou:
— Acreditas que sou capaz de elaborar a pedra que transforma todos os elementos em ouro e ofereces-me ouro. Não é ouro o que procuro, e se o ouro te importa, não serás meu discípulo.
— O ouro não me importa — respondeu o outro. — Essas moedas não são mais do que uma parte da minha vontade de trabalho. Quero que me ensines a Arte; quero percorrer a teu lado o caminho que conduz à Pedra.
Paracelso falou devagar:
— O caminho é a Pedra. O ponto de partida é a Pedra. Se não entendes estas palavras, nada entendes ainda. Cada passo que deres é a meta.
O outro o olhou com receio. Falou com voz diferente:
— Mas, há uma meta?
Paracelso riu-se.
— Os meus difamadores, que não são menos numerosos que estúpidos, dizem que não, e me chamam de impostor. Não lhes dou razão, mas não é impossível que seja uma ilusão. Sei que há um Caminho.
— Estou pronto a percorrê-lo contigo, ainda que devamos caminhar muitos anos. Deixa-me cruzar o deserto. Deixa-me divisar, ao menos de longe, a terra prometida, ainda que os astros não me deixem pisá-la. Mas quero uma prova antes de empreender o caminho.
— Quando? — falou com inquietude Paracelso.
— Agora mesmo — respondeu com brusca decisão o discípulo.
Haviam começado a conversa em latim; agora falavam em alemão. O garoto elevou no ar a rosa.
— É verdade — falou — que podes queimar uma rosa e fazê-la ressurgir das cinzas, por obra da tua Arte. Deixa-me ser testemunha desse prodígio. Isso te peço, e te dedicarei, depois, a minha vida inteira.
— És muito crédulo — disse o mestre — Não és o menestrel da credulidade. Exijo a Fé!
O outro insistiu.
— Precisamente por não ser crédulo, quero ver com os meus olhos a aniquilação e a ressurreição da rosa.
Paracelso a havia tomado e ao falar, brincava com ela.
— És um crédulo — disse. — Perguntas-me se sou capaz de destruí-la?
— Ninguém é incapaz de destruí-la — falou o discípulo.
— Estás equivocado. Acreditas, porventura, que algo pode ser devolvido ao nada? Acreditas que o primeiro Adão no Paraíso pode haver destruído uma só flor ou uma só palha de erva?
— Não estamos no Paraíso — respondeu teimosamente o moço — Aqui, abaixo da lua, tudo é mortal.
Paracelso se havia posto em pé.
— Em que outro lugar estamos? Acreditas que a divindade pode criar um lugar que não seja o Paraíso? Acreditas que a Queda seja outra coisa que ignorar que estamos no Paraíso?
— Uma rosa pode queimar-se — falou, com insolência, o discípulo.
— Ainda fica o fogo na lareira — disse Paracelso — Se atiras esta rosa às brasas, acreditarías que tenha sido consumida e que a cinza é verdadeira. Digo-te que a rosa é eterna e que só a sua aparência pode mudar. Bastar-me-ia uma palavra para que a visse de novo.
— Uma palavra? — perguntou com estranheza o discípulo — O atanor está apagado e estão cheios de pó os alambiques. O que farías para que ressurgissem?
Paracelso olhou-o com tristeza.
— O atanor está apagado — reiterou — e estão cheios de pó os alambiques. Nesta etapa de minha longa jornada uso outros instrumentos.
— Não me atrevo a perguntar quais são — falou o moço, deixando Paracelso na dúvida se foi com astúcia ou com humildade. E continuou — Falastes do que usou a divindade para criar os céus e a terra. Falastes do invisível Paraíso em que estamos e que o pecado original nos oculta. Falastes da Palavra que nos ensina a ciência da Cabala. Peço-te, agora, a mercê de mostrar-me o desaparecimento e o aparecimento da rosa. Não me importa que operes com alambiques ou com o Verbo.
Paracelso refletiu. Depois disse:
— Se eu o fizesse, dirías que se trata de uma aparência imposta pela magia dos teus olhos. O prodígio não te daria a Fé que buscas: Deixa, pois, a Rosa.
O jovem o olhou, sempre receoso. O mestre elevou a voz e lhe disse:
— Além disso, quem és tu para entrar na casa de um mestre e exigir um prodígio? Que fizeste para merecer semelhante dom?
O outro replicou, temeroso:
— Já que nada tenho feito, peço-te, em nome dos muitos anos que estudarei à tua sombra, que me deixes ver a cinza, e depois a Rosa. Não te pedirei mais nada. Acreditarei no testemunho dos meus olhos.
Tomou com brusquidão a rosa encarnada que Paracelso havia deixado sobre a cadeira e a atirou às chamas. A cor se perdeu e só ficou um pouco de cinza. Durante um instante infinito, esperou as palavras e o milagre.
Paracelso não havia se alterado. Falou com curiosa clareza:
— Todos os médicos e todos os boticários de Basiléia afirmam que sou um farsante. Talvez eles estejam certos. Aí está a cinza que foi a rosa e que não o será.
O jovem sentiu vergonha. Paracelso era um charlatão ou um mero visionário e ele, um intruso que havia franqueado a sua porta e o obrigava agora a confessar que as suas famosas artes mágicas eram vãs.
Ajoelhou-se, e falou:
— Tenho agido de maneira imperdoável. Tem-me faltado a Fé que exiges dos crentes. Deixa-me continuar a ver as cinzas. Voltarei quando for mais forte e serei teu discípulo e no final do Caminho, verei a Rosa.
Falava com genuína paixão, mas essa paixão era a piedade que lhe inspirava o velho mestre, tão venerado, tão agredido, tão insigne e portanto tão oco. Quem era ele, Johannes Grisebach, para descobrir com mão sacrílega que detrás da máscara não havia ninguém? Deixar-lhe as moedas de ouro seria esmola. Retomou-as ao sair.
Paracelso acompanhou-o até ao pé da escada e disse-lhe que em sua casa seria sempre bem-vindo. Ambos sabiam que não voltariam a ver-se. Paracelso ficou só. Antes de apagar a lâmpada e de se recostar na velha cadeira de braços, derramou o tênue punhado de cinza na mão côncava e pronunciou uma palavra em voz baixa. A Rosa ressurgiu.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O Poder da Egrégora Rosacruz
Ao longo dos séculos tem sido constatado que numerosos Rosacruzes conseguiram produzir obras de peso, nas Ciências, nas Artes e na Filosofia, e o público em geral conhece os nomes de alguns deles: Akhenaton, Leonardo Da Vinci, Jacob Boheme, Baruch Spinoza, Sir Francis Bacon, René Descartes, Thomas Edison e muitos outros. O que muitas pessoas se questionam é se esses homens deram à luz suas obras pelo fato de terem uma linha de pensamento Rosacruz ou se a obra deles se deveu unicamente ao valor pessoal de cada um.
Sinceramente, eu diria que esta é uma questão absolutamente interligada com a Egrégora da Ordem Rosacruz. Ou seja: esses grandes homens foram grandes por si mesmos e por estarem integrados em um todo realmente grandioso, no qual todos são um e o um representa todos, que é a Sagrada Egrégora da R+C.
Cada Ordem Rosacruz e Fraternidade Rosacruz possui a sua própria Egrégora, que vem a ser o corpo astral da Organização, a soma de todos os pensamentos, palavras e atos de todos os seus membros ativos (notem que foi dito aqui ativos porque aqueles que saem - ou são excluídos - deixam de fazer parte da Egrégora de sua Ordem ou Fraternidade, embora continuem integrando a Sagrada Egrégora da Ordem Rosacruz Verdadeira e Invisível através daquilo que obraram).
A Sagrada Egrégora da R+C Eterna e Invisível é um corpo astral continuamente purgado e sacralizado pela Grande Fraternidade Branca, e que simboliza, representa e É a totalidade na qual as Egrégoras de todas as Ordens e Fraternidades Rosacruzes manifestadas no Plano Físico se aglutinam, segundo a Lei do Todos São Um (All Are One).
Esta Egrégora Superior contém tudo aquilo que de melhor foi produzido, ao longo das eras, por todos os seres que, de alguma forma, mantiveram uma linha de pensamento Rosacruz, independente de estarem ou terem sido filiados ou não a alguma Ordem ou Fraternidade que se apresentasse em público usando literalmente o nome Rosacruz.
Desta forma, e sem que aqui esteja sendo armado um sofisma, pode-se afirmar que pelo simples fato de terem estado harmonizados com o Pensamento Rosacruz aqueles grandes homens, de uma maneira ou de outra, foram influenciados pela Egrégora - e a influenciaram, doando e auferindo poder em forma de conhecimento e de ação para concretizá-lo. É nessa troca constante, nessa profunda interação, que reside o poder da Sagrada Egrégora da Ordem Rosacruz.
Muitos estudos foram realizados no âmbito particular de cada Ordem e Fraternidade Rosacruz com o intuito de conhecer mais a fundo o funcionamento e as propriedades de cada Egrégora, o seu sistema de ação e o seu modus vivendi/operandi, ou seja, como ela se manifesta, atua e interage. O Sistema Rosacruz de Estudos permite que cada Ordem ou Fraternidade possa manipular sua própria Egrégora, inclusive modificando sua forma, isto é, a maneira pela qual ela pode ser visualizada mentalmente. A única coisa que não pode ser alterada nas Egrégoras é a sua essência, pois é exatamente essa particularidade que as coloca todas, sem exceção, sob o denominador comum da Sagrada Egrégora, aquela que é zelada pela Grande Fraternidade Branca.
O estudo das propriedades e das leis que regem o funcionamento das egrégoras de um modo geral, e das Egrégoras Rosacruzes em particular, mostra que os Rosacruzes que se notabilizaram por suas obras devem parte do seu êxito criativo à Sagrada Egrégora: de alguma forma, em algum momento de suas vidas - estando no passado e olhando para o futuro ou vice-versa - eles hauriram, por osmose, os dons que lhes permitiram externar, pelo talento natural e pela habilidade, alguma obra notável, como cientistas, artistas ou pensadores.
Esse fascinante estudo envolve apreciações de enfoque tipicamente alquimista, que em um texto como este, colocado na Internet ao alcance de todos, sequer podem ser mencionadas, quem dirá explanadas. E mais,implica uma focalização metafísica muito abrangente, que generaliza quase todos os aspectos da diversificação do Ser manifestado na Matéria, além de compreender o detalhado estudo das funções da Mente Cósmica.
Mediante tais estudos uma pessoa que antes não tinha habilidade suficiente para externar uma obra com proficiência pode tornar-se mestre na matéria. Tal é a importância do estudo Rosacruz sincero e dedicado - não a mera leitura acadêmica de textos e a apreciação ortodoxa de imagens, com raciocínio lógico, da forma convencional. A base para a realização desses estudos é proporcionada a todos os estudantes nas várias Ordens e Fraternidades Rosacruzes atualmente manifestadas na Terra.
O QUE É PAZ PROFUNDA
Paz Profunda não é apenas uma saudação usada por Rosacruzes.

 Paz Profunda é o estado desejado por todos os estudantes do Rosacrucianismo e é a condição em que vivem os Mestres Ascensionados da Ordem Rosacruz Verdadeira e Invisível, a Ordem Rosacruz Eterna, emanada continuamente pela Grande Fraternidade Branca para todos os quadrantes do Cósmico, através dos Universos Visíveis e Invisíveis ao olho humano.
 Paz Profunda é o maior bem que pode ser alcançado por um místico, na vida dentro do corpo físico ou na vida fora do corpo.
 Paz Profunda é uma condição tão excelsa, um nível de autoconsciência tão sutil e ao mesmo tempo profundo que tempo e espaço nele se confundem, criando círculos concêntricos de Energia-Amor, uma vibração musical que atravessa todas as Esferas da existência para acalentar e consolar todos os seres, tirando-os - nem que seja momentâneamente - da aflição peculiar à matéria, na qual possam estar penando.
 Paz Profunda é a sensação nítida e inequívoca, é a certeza absoluta de se estar uno com o Todo, e saber que o Todo é uma grande Luz Eterna que não pode ser maculada por nada.
 Paz Profunda não é um estado alterado de consciência que possa ser atingido mediante a abertura de portas de percepção que dêem para algum tipo de Nirvana.
Paz Profunda é um nível metafísico de existência no qual, mergulhado por si próprio e imerso na sua própria virtude, o estudante Rosacruz pode, finalmente, assumir a condição de Rosacruz e nela se comprazer, pelo serviço e pela doação.
Paz Profunda é a única condição na qual um estudante do Rosacrucianismo pode assumir, por breves momentos, a posição de Rosacruz, assim chamado e assim assumido, como se já estivesse livre do veículo que utiliza para se manifestar na Terra.
Paz Profunda é o nível vibratório no qual o véu do mistério é finalmente levantado diante do Sacrário do Espírito Santo e o Graal Sagrado fica à mão, para ser erguido acima da cabeça, ritualísticamente, e depois baixado, para que o seu conteúdo possa ser sorvido, não em goles como se fora vinho, mas em uma transmissão crística de pura Luz.
Paz Profunda é o extremo oposto à morte, é onde começa a vida em todos os sentidos, emanada em todos os níveis. Paz Profunda não é um mero extase de olhos semicerrados, em um aposento mergulhado na penumbra, no qual o incenso se evole ante a luz mística de uma vela ritualística.
 Paz Profunda é muito mais que isso, Paz Profunda é a Paz Mental, o estado de iluminação da mente individual na qual ela se une à Mende Cósmica por um fio de prata do qual nenhuma impureza pode se aproximar.
 Paz Profunda é o estado da Pomba Mística, a Portadora da Pax
 

sábado, 14 de agosto de 2010

14/08/2010

Há mais ou menos 2 meses, me reintegrei  a ordem rosacruz A.M.O.R.C e comecei  meus estudos sobre a alquimia da vida . Incrível foi a sensação  de estar começando de novo essa jornada. Engraçado ver a desconfianças dos familiares e a curiosidade que se instala e pelo menos no inicio um pouco da falta de privacidade, mais tudo bem isso também faz parte e aos poucos eles vão se integrando .De inicio fiquei um pouco perdido pois já tinham se passado 4 anos que tinha interrompido os estudos e não tinha mais o 1º lote de monografias nem a carteira da ordem, mas como nada é por acaso essa lacuna me levou a procurar outros frates da ordem para me orientar, foi assim então que entrei em contato com a loja rosacruz Rio de Janeiro fui atendido pelo frater Flávio que marcou um horário comigo no dia seguinte...........

LOJA RIO DE JANEIRO

Assim que cheguei fui logo atendido pelo frater Flávio que foi gentil ao extremo comigo me deu todas as dicas e orientação para a continuação aos estudos, como devia proceder para o envio das 2° vias do material e carteira me falou sobre a importância do convivel dos frates e sorores e como eu estou em um grau de atrium a importância do PRONAOS e me fez um convite que me marcou demais, no dia seguinte haveria na loja uma cerimonia fúnebre no templo em homenagem ao frater Valente.......
Na hora marcada cheguei na loja para a cerimonia, era uma oportunidade impar já que a cerimonia era no templo  e aberta a não membros  pois ainda não tinha me afiliado a loja e como eu ainda estava em um grau de atrio não tenho acesso ao templo a não ser nestas ocasiões especiais ......Foi um mundo novo que se apresentou pois você tem plena noção da energia ali contida e isso foi incrível....depois disto minha afiliação foi questão de horas..........
Feita a afiliação pude participar das convocações ritualisticas do pronaos e assim receber os ensinamento de maneira mais formal e ter o convívio com outros rosacruzes como o Frater Vinicius, que assim como eu era novo naquele ambiente e a soror Neusa que também assim como todos foi muito gentil comigo.....
Bom nos próximos dias vou postar como foi meus estudos em casa e meus experimentos e exercícios de concentração e meditação.........

o inicio

Gostaria de expressar há  felicidade e satisfação de dividir com vcs os medos, angustias, ansiedades, frustrações e conquistas aqui no blog, espero que  leitores, amigos e seguidores se identifiquem com esse espaço e ajude com postagens duvidas e soluções .....
Bom de inicio vou escrevendo como um diário e vou atualizar pelo menos umas 3 vezes por semana,
nele vou tentar passar as mudanças interna que se dá durante a passagem dos umbrais ,  que me for permitida pois como sabem sou rosa cruz e tenho um respeito enorme pela ordem e pelas suas normas ....