domingo, 4 de setembro de 2011

Enochiano


Enochiano

deldebbio | 4 de outubro de 2010
A Magia Enochiana é um poderoso sistema mágico (não uma Tradição, visto que é utilizado em algumas tradições como a Golden Dawn ou Astrum Argentum) que utiliza uma antiga linguagem apresentada pelo mago John Dee e pelo sensitivo Edward Kelly no século XVI. Utilizando-se de técnicas de meditação especiais, Kelly comunicou-se com formas de inteligência angélicas, enquanto Dee coordenava os experimentos e anotava os resultados de cada seção. Desta forma a linguagem Enochiana – base deste sistema mágico – foi descoberta (ou para ser mais exato, RE-descoberta, já que o mesmo princípio aparece também na kabbalah e no I-Ching). Posteriormente este sistema foi ampliado por Aleister Crowley pela revelação de suas correspondências planetárias e numéricas, o que possibilitou a criação da Gematria Enochiana.
Dentro do sistema de magia Enochiano compreende basicamente dois tipo de operações mágickas: a invocação dos espíritos e a viagem astral. Ambos os tipos têm sido utilizados com a mesma eficácia. Deve-se lembrar que este sistema funciona por ser esta a Vontade do magista; ou seja faz-se aqui necessária uma intensa disciplina de forma a que a determinação da Vontade possa ser separada do capricho.

O Sistema Enochiano define que em cada um dos planos existe a presença de uma chamada Torre de Vigia. As quatro Torres de Vigia correspondentes aos quatro elementos (terra, água, ar e fogo), cada uma em um diferente Plano Cósmico. Por sobre estas Torres há uma área chamada de Tableta da União, que ocupa o Plano Espiritual acima do Abismo.
De forma a permitir o estudo das Torres e sua hierarquia, Dee e Kelly criaram um tábulas quadrangulares, representativas de cada uma das Torres e da União. Estas tábulas representam o fio condutor do sistema de magia Enochiana, sendo uma representação do Cosmo, tal como a Árvore da Vida. Todos os nomes de todos os Anjos e suas hierarquias podem ser encontradas nestas tábulas. Os Aethyrs podem ser vistos como quadrados concêntricos circundando as Torres, sendo que cada quadrante possui uma complexa representação interna dos entrelaçamentos dos elementos físicos.
É importante ressaltar que as entidades enochianas com as quais se lida não correspondem per si nem à concepção popular de anjos nem à cabalística. Não podemos pensar nos Anjos Enochianos como as figuras contemplativas que são os anjos cabalísticos. E sob hipótese nenhuma pode-se pensar neles como as criaturas patéticas ditas “anjos” de certos ramos dos movimentos “New Age”. Para todos os meios e fins são consideradas entidades particulares com cuja lida deve ser cuidadosa. Um Anjo Enochiano é uma inteligência antiqüíssima,.estas entidades representam energias poderosas as quais não se devem tratar levianamente.
Alfabeto Enochiano
Esta tabela que postei acima representa a linguagem angélica que foi transmitida a Dee e Kelly, sendo tão poderosa que teve seus nomes anunciados de trás para diante, de modo a prevenir a conjuração acidental de algumas entidades. Acreditava-se que a simples pronúncia do nome desta entidade seria suficiente para conjurá-la, ou pelo menos algum aspecto seu. Esta linguagem foi denominada “Enochiano” por causa do patriarca bíblioco Enoch, o qual dizia-se ter “caminhado com Deus”. Este também era o nome de um grupo de adeptos que praticavam o ocultismo durante a Idade Média.
Agradecimentos ao Frater Horus Episkopos.

sábado, 19 de março de 2011

São Cipriano e a Linha dos Pretos-Velhos

deldebbio | 18 de março de 2011 Muito se fala sobre São Cipriano mas poucos conhecem a história e a representação deste personagem tão controversoe tão misterioso. Muitos procuram os conhecimentos mágicos de São Cipriano mas poucos conhecem sua mais poderosa magia. Muitos pedem a São Cipriano mas poucos entendem seu real poder transformador. Portanto, hoje quero falar um pouco sobre a figura de São Cipriano e sua importante representação para a Umbanda.

Tascius Caecilius Cyprianus, nasceu na cidade de Antioquia, na Turquia. Foi nesta cidade que, quando o Cristianismo era apenas uma pequena seita religiosa, Paulo pregou o seu primeiro sermão numa Sinagoga, e foi também ali que os seguidores de Jesus foram chamados de Cristãos pela primeira vez.
Antioquia era a terceira maior cidade do império romano, conhecida pela sua depravação. Nesta metrópole conhecida por “Antioquia, a Bela”, ou a “Rainha do Oriente”, tal era a beleza da arte romana e do luxo oriental que se fundiam num cenário deslumbrante, a população era maioritariamente romano-helênica, e o culto dos deuses era a religião oficial. Alguns dos cultos religiosos estavam associados a deusas do amor e da fertilidade, pelo que a lascívia, perversão e a libertinagem eram famosas nesta cidade.
Foi neste ambiente religioso e cultural que Cipriano nasceu em 250 d.e.c., filho de Edeso e Cledónia. Nutria uma verdadeira vocação e gosto pelos estudos místicos e religiosos, sendo admitido num dos templos sagrados da cidade para realizar os seus estudos sacerdotais e místicos. Entrou assim em contato com as ciências ocultas, e aprofundou afincadamente os seus estudos de feitiçaria, rituais sacrificiais e invocações de espíritos, astrologia, adivinhação etc, dedicando a sua vida ao estudo das ciências ocultas. Ficou conhecido pelo epíteto de “O Feiticeiro”, alcançando grande fama sendo reconhecido como um poderoso feiticeiro, capaz de grandes prodígios.
Por volta dos seus 30 anos Cipriano encontra-se na Babilônia, onde encontra a bruxa Évora. Estudando com ela, Cipriano desenvolve as suas capacidades premonitórias e outras matérias sobre as artes da bruxaria segundo as tradições místicas dos Caldeus. Após o falecimento da Bruxa Évora Cipriano herda os seus manuscritos esotéricos, dos quais extrai muito da sua sabedoria oculta.
Ao fim de algum tempo, Cipriano já domina as artes das ciências de magia negra contatando demônios. Diz-se que se tornou amigo intimo de Lúcifer e Satanás, para os quais conseguia angariar a perdição de muitas belas e jovens mulheres, o que muito agradava aos diabos, que em troca lhe concediam grandes poderes sobrenaturais.
Com esse poder infernal, Cipriano construiu uma carreira de bruxo com grande fama, produzindo grandes feitos, o que lhe valeu uma imprescindível reputação de grande feiticeiro. Muitas pessoas de todos os quadrantes geográficos procuravam os seus serviços místicos e os seus ganhos financeiros eram assinaláveis.
Cipriano foi autor de diversas obras e tratados místicos e era já um feiticeiro respeitado, reputado e temido quando foi contatado por um rapaz de nome Aglaide. O rapaz estava ardentemente apaixonado por uma belíssima donzela cristã de nome Justine. Sendo rico Aglaide rapidamente encontrou o consentimento dos pais de Justine quanto a um casamento com ela, contudo a donzela professava uma forte fé cristã e desejava manter a sua pureza oferecendo a sua virgindade a Deus. Por esse motivo Justine recusou-se a casar. Desgostoso, mas com forte determinação em possuir Justine, Aglaide encomendou os serviços espirituais de Cipriano.
Cipriano usou de toda a extensão da sua bruxaria para fazer Justine cair nas tentações carnais, que a levariam a oferecer-se para Aglaide e renunciar à sua fé Cristã.
Cipriano fez uso de diversos trabalhos malignos, contudo nenhum deles surtiu qualquer efeito. Para espanto de Cipriano todo o batalhão de feitiços que usava era repelido pela jovem rapariga apenas através do sinal da cruz e das suas orações. Acostumado a fazer belas moças cair na tentação da carne e assim levá-las a entrar pelos caminhos da luxúria, Cipriano não conseguia entender o que estava acontecendo. Ele encontrou muitas dificuldades e noite após noite visitava a jovem Justine com a sua infernal quantidade de feitiços. Nada resultou.
Cipriano desiludiu-se profundamente com as suas artes místicas que até então tinham funcionado tão forte e infalivelmente, para agora serem derrotadas por uma mera donzela com fé no Deus de Cristo. Aconselhado por Eusébio, um amigo seu, e observando o poder da fé de Justine, Cipriano converteu-se ao Cristianismo. Assim fazendo-o, o feiticeiro destruiu todas as suas obras esotéricas e tratados de magia negra, assim como ofereceu e distribuiu todos os seus bens materiais e riquezas aos pobres.
Depois de se converter, Cipriano ainda foi fortemente atormentado pelos espíritos de bruxas que o perseguiam, mas teve fé e assim afastou de si tais aparições que apenas pretendiam reconduzi-lo aos caminhos da feitiçaria. A fama de Cipriano era contudo grande e as noticias da sua conversão ao cristianismo chegaram à corte do Imperador Diocleciano que tinha fixado residencia na Nicomédia.
Cipriano e Justine foram perseguidos, aprisionados e levados ao imperador, diante do qual foram forçados a negar a sua fé. Justine foi despida e chicoteada, ao passo que Cipriano foi martirizado com um açoite de dentes de ferro. Mesmo com a carne arrancada do corpo a cada flagelação do chicote com dentes de ferro, Cipriano não negou a sua fé e Justine manteve-se sofredoramente fiel a Deus.
Perante a recusa de Cipriano e Justine em renunciar à sua fé, o imperador os condenou à morte sendo decapitados em 26 de Setembro de 304 d.e.c., juntamente com um outro mártir de nome Teotiso. Aceitaram a sua execução com grande fé e serenidade, tendo falecido com coragem e dignidade. Os seus corpos nem sequer foram sepultados, e ficaram expostos por 6 dias. Foi um grupo de cristãos que, comovidos pela barbaridade, recolheu-os.
Mais tarde, o imperador cristão Constantino (272 – 337 d.e.c. ) ordenou que os restos mortais de Cipriano fossem sepultados na Basílica de São João Latrão, localizada em Roma, que é a catedral do Bispo de Roma, ou seja: o papa. Foi na “Omnium Urbis et Orbis Ecclesiarum Mater et Caput” (mãe e cabeça de todas as igrejas do mundo) que São Cipriano, o santo e mártir, encontrou o seu eterno repouso.
Todo percurso de São Cipriano é um verdadeiro hino à vida no esplendor da sua existência: do diabo a Deus, dos demônios aos anjos, da feitiçaria à fé crista, da magia negra à magia branca, em tudo São Cipriano mergulhou, estudou e viveu. Do pecado à virtude, da luxúria à santidade, da riqueza à pobreza, do poder à martirização, se alguém é digno de um percurso de existência completo, rico e enriquecedor, eis que este santo assim o representa.
Controverso e polêmico, São Cipriano é a própria noção de evolução espiritual através da profunda vivência das mais diversas realidades espirituais (do mais profano excesso, à mais sacrificada ascese) encontra corpo na vida e obra deste feiticeiro e mártir.
E VOCÊ SABIA que a Linha das Almas ou Linhas dos Pretos-Velhos também é conhecida como Linha de Yorimá ou Linha de São Cipriano e que dentro dessa linha de trabalho encontram-se pretos-velhos com o nome simbólico de Pai Cipriano?
Veja só, a Vibração de Yorimá é a Potência da Palavra da Lei, Ordem Iluminada da Lei, Palavra Reinante da Lei. Esta Linha ou vibração é composta pelos primeiros espíritos que foram ordenados a combater o mal em todas as suas manifestações, são verdadeiros magos que usam da roupagem fluídica de Pretos Velhos, ensinando as verdadeiras “mirongas” sem deturpações. São os Mestres da Magia e experientes devido às seculares encarnações.
Esta Linha, que ora se diz como linha dos Pretos-velhos, ora como dos Africanos, de São Cipriano, das Almas, tem como Chefes principais Pai Guiné, Pai Tomé, Pai Arruda, Pai Congo de Aruanda, Mãe Maria Conga, Pai Benedito e Pai Joaquim. São entidades muito evoluídas que há vários milênios encarnaram e desencarnaram adquirindo, assim, muita experiência no dia a dia da humanidade. Eles são a DOUTRINA, a FILOSOFIA, Mestrado da Magia, em fundamentos e ensinamentos.
Os Preto-Velhos da Umbanda representam a força, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São um ponto de referência para todos aqueles que necessitam pois curam, ensinam, educam pessoas e espíritos sem luz. Eles representam a humildade, não têm raiva ou ódio pelas humilhações, atrocidades e torturas a que foram submetidos no passado. Com seus cachimbos, fala pausada, tranquilidade nos gestos, eles escutam e ajudam aqueles que necessitam, independentes de sua cor, idade, sexo e religião.
Não se pode dizer que em sua totalidade esses espíritos são diretamente os mesmos pretos-velhos da escravidão. Pois, no processo cíclico da reencarnação passaram por muitas vidas anteriores onde foram negros escravos, filósofos, médicos, ricos, pobres, iluminados e outros. Mas, para ajudar aqueles que necessitam, escolheram ou foram escolhidos para voltar à Terra em forma incorporada de preto-velho.
Por isso, se você for falar com um preto-velho, tenha humildade e saiba escutar, não queira milagres ou que ele resolva seus problemas, como em um passe de mágica, entenda que qualquer solução tem o princípio dentro de você mesmo, tenha fé, acredite em você, tenha amor, Amor a Deus e a Você mesmo.
Tenha certeza, assim como a transformação que ocorreu na vida de São Cipriano, os Pretos Velhos transformam a nossa vida se houver Amor.
É incrível o poder que o Amor, e consequentemente nossos queridos Pretos Velhos, tem de transformar as pessoas.
É absolutamente incrível a transformação que os Pretos Velhos são capazes de fazer na vida, no íntimo e no envolta das pessoas. É absurdamente incrível como o amor, simples e puro, é capaz de transformar.
Triste daquele que ainda não sabe amar. Triste daquele que ainda não conhece esse poder. Triste daquele que ainda não foi tocado pelo Amor de um Preto Velho!
Cada um colherá aquilo que plantou. Se tu plantaste vento colherás tempestade, mas se tu entenderes que com luta o sofrimento pode tornar-se alegria vereis que deveis tomar consciência do que foste teu passado aprendendo com teus erros e visando o crescimento e a felicidade do futuro. Não sejais egoísta, aquilo que te fores ensinado passai aos outros e aquilo que recebeste de graça, de graça tu darás. Porque só no amor, na caridade e na fé é que tu podeis encontrar o teu caminho interior, a luz e DEUS
- Pai Cipriano através do médium Etiene Sales 09/97
Texto de Mãe Mônica Caraccio, do blog Minha Umbanda.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Aleister Crowley

Edward Alexander Crowley (1875 - 1947 )
Na última hora do dia 12 de outubro de 1875, em Leamington Spa, Warwickshire, Inglaterra, nascia Edward Alexander Crowley.

Sua infância esteve marcada por rígidos padrões de comportamento impostos por seus pais, Edward Crowley e Emily Bishop, ativos membros de uma extremada seita Cristã chamada Irmandade de Plymonth (fundada por John N. Darby). Seu pai, um rico cervejeiro aposentado, e fanático Irmão de Plymonth, fez com que Crowley, ainda criança, freqüentasse a sua seita, forçando-o a diversas leituras da Bíblia Cristã e acostumando-o à vida religiosa da Irmandade. Este fato, muito embora viesse ser de grande valia bem mais tarde, quando da compreensão dos Mistérios com os quais esteve em contato, naquele momento apenas fez nascer na criança que se formava, uma intensa repulsa quanto a dogmas, em espécie aqueles de natureza "cristã". Em 1886, com o falecimento de seu pai, Crowley fica sob os cuidados de seu tio e tutor Tom Bishop. Tamanha era a crueldade de seu tio, que Crowley se refere a este período de sua vida como "A Infância no Inferno".Em sua adolescência, a busca por aventuras o conduziu ao alpinismo. Praticou com afinco esse esporte, chegando a destacar-se no mesmo. Sua carreira de alpinista chegou ao ápice nos anos de 1902 e 1905, quando participou das primeiras tentativas de escalar o Chogo Ri (K2) e o Kanchenchunga, duas das maiores montanhas do mundo, situadas no Himalaia.

Estudou, destacando-se em todas as disciplinas, em Trinity College, Cambridge, onde ficou no período de 1895 a 1898. Nesta época, Crowley, leitor voraz, estudou intensamente, tomando contato com o que de importante havia na literatura inglesa, francesa, além de diversas outras obras em Latim e Grego clássicos, inclusive filosofia e alquimia; se dedicou a canoagem, ciclismo, montanhismo e xadrez, atividade esta em que ganhou notoriedade e que exerceu por toda sua vida. Praticando o montanhismo, Crowley viria a conhecer um homem o qual passou a admirar profundamente: Oscar Eckenstein. Eckenstein, que, segundo Crowley, era um singular exemplo de dignidade e nobreza, ensinou-lhe, naquele momento, o alpinismo. Alguns anos depois, Eckenstein demonstraria que seu conhecimento não se limitava apenas à conquista de elevadas montanhas.Em Cambridge, seu espírito, como era bem próprio à natureza da Besta, ansiando por um volume maior de conhecimento e aventuras, encontrava-se perturbado com a insubstancial perspectiva futura. Em 1898, antes de sua graduação, Crowley abandona os estudos para se dedicar a algo não comum e de maior profundidade do que o oferecido por uma promissora carreira acadêmica.Mas o que exatamente seria este algo mais profundo?

Por volta de 1896, Crowley havia iniciado a leitura de alguns livros sobre magia e misticismo. Algo começava a tomar forma dentro de seu inquieto ser; porém a leitura de Nuvem sobre o Santuário, obra lhe recomendada por A. E. Waite (1867-1940), é que faz com que Crowley decida dedicar sua vida ao estudo do Ocultismo e da Magia, empenhando-se com afinco no sentido de encontrar a Grande Fraternidade Branca mencionada no inspirador livro de Eckhartshausen. E aqui começa a carreira mágica de Aleister Crowley.

Em 1898, através de dois amigos, Julian Baker e George Cecil Jones (respectivamente Frati D.A. e Volo Noscere, ambos membros da G.'.D.'.), Crowley é apresentado a Samuel Liddell "MacGregor" Mathers (1854-1918), Frater D.D.C.F. (Deo Duce Comite Ferro), um dos líderes da Ordem Hermética da Aurora Dourada (The Hermetic Order of the Golden Dawn, mais conhecida pela sigla G.'.D.'.), uma das mais influentes Ordens do século XIX, que proporcionou a Crowley sua primeva Iniciação e o contato com os primeiros mistérios mágicos que tanto procurava.

A G.'.D.'. fora fundada pelo próprio Mathers, junto com William Winn Westcott (1848-1925), conhecido pelo mote Frater N.O.M. (Non Omnis Moriar) e William Robert Woodman (1828-1891), cujo mote era Frater V.O.V. (Vincit Omnia Veritas), em 1887. Segundo seus fundadores, a existência da G.'.D.'. era devida à orientação e à ordem de uma alta iniciada alemã chamada Anna Sprengel, Soror S.D.A. (Sapiens Donabitur Astris), que autorizara a abertura de uma Loja na Inglaterra que representasse a suposta Ordem ancestral a qual pertencia. Diga-se de passagem que, a G.'.D.'., mesmo levando em conta o possível conciliábulo de sua criação, constitui uma das mais importantes Ordens jamais inventadas pelo espírito humano, conseguindo reunir em seu corpo de iniciados a nata da intelectualidade inglesa e européia da época. A informação que circula nos meios ocultistas atuais diz que nomes como o prêmio Nobel de Literatura em 1923, Willian Butler Yeats, além de Gustav Meyrink, Florence Farr, A. E. Waite, Sax Homer, Bram Stocker, F. L. Gardner, Arthur Machen, o próprio Crowley e tantos outros, pertenceram a esta notável organização.

Crowley, iniciado por Mathers em 18 de novembro de 1898, ao Grau de Neophytus (0=0), tomava, como Mote Mágico, o significativo nome de Perdurabo (eu perdurarei até o fim), iniciando, assim, seus estudos na G.'.D.'., tendo como primeiro Instrutor Frater Volo Noscere (G. Cecil Jones). Em dezembro do mesmo ano, Crowley atinge o Grau de Zelator (1=10).Sua capacidade de assimilação de conhecimentos e sua dedicação ao estudo e a prática do Ocultismo o conduziram, também sob a instrução de Frater Iehi Aour (Allan Bennett), a ascender rapidamente aos Graus subsequentes da G.'.D.'.; assim, respectivamente em janeiro, fevereiro e maio do ano seguinte, em 1899, Crowley conquistou os Graus de Theoricus (2=9), Practicus (3=8) e Philosophus (4=7). Bennett, considerado por Crowley um autêntico Guru, o ensinou várias técnicas mágicas oferecidas pela G.'.D.'., técnicas como Cabala e Magia Cerimonial, consagração de Talismãs, evocação de Espíritos, etc.Este período de sua vida foi fortemente marcado por duas atividades principais. Quando Frater Perdurabo não estava estudando ou praticando, Crowley, sob o pseudônimo de Conde Vladmir Svareff ou Aleister MacGregor, custeava as edições de seus escritos (normalmente algum tipo de pornografia ou poesia), além de cultivar uma intensa vida sexual, a qual escandalizou alguns membros da G.'.D.'.. Sua grande atividade e principal preocupação, no entanto, continuava a ser a o estudo e prática da Magia.Entretanto, e isto deveu-se menos aos escândalos promovidos por Frater Perdurabo do que ao ciúme e inveja de certos Adeptos londrinos, e mesmo Crowley tendo demonstrado capacidade e talento em magia, sua iniciação à Segunda Ordem fora negada, em fins de 1899, pelos chefes da seção inglesa da G.'.D.'.. Nesta época, Mathers, agora único líder da Ordem, residia em Paris.Mesmo contrariando a opinião dos líderes londrinos, em 16 janeiro de 1900, em Paris, Mathers, fazendo valer sua autoridade dentro da Ordem, inicia Crowley ao Grau de Adeptus Minor (5o=6), sob o Mote Parzival. Alguns estudantes identificam aqui o fato que marca o inicio da ruína da G.'.D.'..

Pouco antes de sua iniciação, seu grande amigo e Instrutor, Allan Bennett, decide partir para Ceilão, e tornar-se monge Budista.A insatisfação dos membros da G.'.D.'. com Mathers já era mais que um fato nessa época. Provavelmente o caso Crowley tenha servido como impulso e álibi necessários para o grupo londrino, liderado por Yeats, entre outros menos conhecidos, declarar-se independente de seu mentor e líder, MacGregor Mathers.O que se seguiu após a rebeldia londrina resultou em histórias fantásticas de ataques mágicos envolvendo Crowley e uns demônios versus Yeats e, é claro, mais uma horda de demônios. Depois o próprio Mathers teria entrado na briga, junto, evidentemente, com uma outra legião de encapetados amiguinhos. Mas essa estória não escapa nem a mais tola crítica. O fato é que Crowley e Mathers ficaram praticamente sozinhos e a outrora grande G.'.D.'., agora conduzida pelos auto-proclamados novos chefes, ia progressivamente implodindo, ou se esfacelando, resultando num sem número de Ordens Cristianizadas, sem o élan da G.'.D.'. original. Crowley, que abandonara um importante trabalho mágico para ajudar Mathers, vê-se só. Parte para Nova York e depois vai para o México.A estadia no México constituiu um período bem produtivo a Crowley. Além de Tannhauser, escrito em ininterruptas 67 horas, conseqüência de uma bem sucedida Opera Sexualis, esse período na América Central representou uma decisiva conquista no magista que se formava.Foi apresentado a Don Jesus Medina, um dos altos chefes da Maçonaria local, Rito Escocês. Crowley afirma que Medina, o convidou para iniciar-se em sua Loja. Ainda segundo Crowley, ele rapidamente galgaria os graus Maçônicos, alcançando, por graça, o mais alto Grau do Rito. Crowley, no entanto, jamais foi considerado um Maçom regular.Mas a chegada de seu amigo e mentor, Oscar Eckenstein, é que daria novos rumos a seu aprendizado. Eckenstein, revelando-se, para a surpresa de seu pupilo, um grande instrutor, demonstrou que Crowley não tinha controle sobre seus próprios pensamentos, qualificando sua atitude para com a magia como apenas mera fascinação romântica. A partir daí, Crowley decide dar um tom científico a seus experimentos, estudando com Eckenstein, uma série de métodos de controle mental.Após algum tempo de alpinismo e treino mental, Crowley decide ir para o Oriente, com o propósito de encontrar Bennett, seu antigo instrutor, no Ceilão. Antes, entretanto, combina, com Eckenstein, a escalada do K2, no Himalaia, aventura a se realizar na primavera de 1902.

Bennett, agora Bhikku Ananda Meteya, que aprendera Yoga e Budismo, instrui Crowley nestas disciplinas.

No outono de 1902, após a expedição ao K2, Crowley retorna a Paris. Seu novo encontro com Mathers o decepciona a tal ponto que só lhe restou a boêmia vida parisiense. Retorna a sua recém adquirida mansão em Boleskine, nas proximidades do Lago Ness, na Escócia, em 1903 e então, procurando algo suficientemente prosaico para si, intitula-se Lorde Boleskine. Em agosto deste mesmo ano, casa-se com Rose Kelly.Mas o ano seguinte revelaria a Crowley o mistério que o acompanharia até seu último momento: A Lei de Thelema.Casado com Rose Kelly, de acordo com Crowley, "uma da mais brilhantes e inteligentes mulheres do mundo", viaja pela Europa e Egito. De acordo com os relatos de Crowley, enquanto estavam no Cairo, após uma série de Rituais e Invocações, um ser, identificando-se como Aiwass, transmite a Crowley, nos dias 8, 9 e 10 de abril, o Liber Al vel Legis ou, como passaria a ser conhecido, O Livro da Lei. Àqueles que conhecem todo esse processo, é significativo saber que esse Livro foi o primeiro escrito de Crowley, de cunho místico & mágico.Entre tantos significados atribuídos pelos seguidores da doutrina de Crowley, Liber Al vel Legis proclamaria o fim de uma Era (ou Eon) marcada pelo sofrimento, pela intermediação entre Deus e o homem, pelo deus sacrificado, etc. Em seu lugar, nasceria a época do deus de alegria, onde o homem teria a liberdade de realização de sua própria vontade. A epígrafe "Faze o que queres há de ser o todo da Lei", contida em Liber Al e maciçamente utilizada nos escritos de natureza thelêmica, sintetiza a própria regra de conduta a ser tomada como tônica do Eon nascido.Essa experiência, levou Crowley a assumir o Grau de Adeptus Major, 6o=5 da G.'.D.'., sob o novo Mote de O.S.V.De volta a Boleskine, Crowley imediatamente trata de expor sua consecução mágica a Mathers, revelando ter, finalmente, feito contato com os Mui Misteriosos Mestres Secretos que tanto havia procurado. Como costume, Mathers não aceita a revelação. Consequentemente, o mundo do esoterismo novamente, é palco para ataques mágicos de Mathers a Crowley e vice-versa. Mas o incontestável fato é que isso representaria o fim da convivência entre os dois magos.Em 1905, mais uma expedição ao Himalaia: desta vez o alvo era o Kanchenchunga.Cansado de suas birras com a G.'.D.'., em 1907, Crowley funda a A.'.A.'.; a Argenteum Astrum, Ordem da Estrela de Prata, que - segundo Frater O.S.V. - substituiria a G.'.D.'., herdando sua estrutura de graduação. Entre tantos significados possíveis, particularmente um inspirou Crowley na escolha desse nome para a Ordem. Segundo ele, o dourado amanhecer (Golden Dawn) é o que precede a Estrela Dalva (Vênus, ou Lúcifer), a prateada estrela da manhã que "anuncia" o Sol. Crowley, em 1909, dá início ao primeiro período aberto a Probacionistas a sua A.'.A.'. e, com a publicação da série The Equinox, "destrói" magicamente a G.'.D.'..

No período de 1907-1911, Crowley, consagrando seu tempo ao estudo, a prática e a escrita, publicaria cerca de uma dúzia de livros de cunho poético-mágico (excluindo a série The Equinox). Neste período também, após a morte de sua filha em 1906, Crowley separa-se de sua esposa, Rose Kelly, em 1909. Nesse mesmo ano, Crowley assume o Grau Adeptus Exemptus 7=4, agora na sua A.'.A.'., com o Mote OU MH. Em 3 de dezembro de 1909, durante uma a Visão do 14o Aethyr, toma o Grau de Magister Templi, sob o Mote V.V.V.V.V., 8=3 da Ordem da Estrela de Prata. Em 1911 Crowley escreve Liber CCCXXXIII, O Falsamente chamado Livro das Mentiras, que publicaria mais tarde, em 1913.Em 1912 porém, outro acontecimento daria novo rumo a sua vida.Crowley, com o seu Livro das Mentiras, curiosamente, mesmo antes de sua publicação em 1913, chamaria a atenção de, nada mais nada menos, Theodor Reuss, membro do serviço secreto germânico, ocultista, cantor e falso maçom, Frater Merlin Peregrinus X, então O.H.O. de uma Ordem chamada Ordo Templi Orientis, a O.T.O.. Reuss, tendo lido Liber CCCXXXIII, para seu espanto, lá identificara o segredo central da O.T.O..A O.T.O. era uma organização de cunho maçônico, místico e mágico, fundada por Karl Kellner, em 1902. Kellner, segundo a lenda, teria viajado pelo oriente onde havia sido iniciado por um faquir árabe, chamado Solimam ben Aifha, e pelos yoguis hindus Bhima Shen Pratap e Sri Mahatma Aganya Guru Paramahansa, recebendo os mistérios da Filosofia e do Yoga da Mão Esquerda, a Magia Sexual.A O.T.O., assim como muitas outras das assim chamadas Ordens Templárias, reivindica exclusivamente para si a detenção do conhecimento outrora pertencido aos legendários Cavaleiros do Templo. A O.T.O., de acordo com a sua muito questionável história oficial, assim como ocorreu com a G.'.D.'., diz ter reunido entre seus Adeptos vários eminentes maçons e ocultistas da época, alguns dos quais, a partir dos fundamentes adquiridos nessa Ordem, ou fundaram ou em muito colaboraram em outros movimentos da época. A título de exemplo temos: Rudolf Steiner, fundador da Antroposofia; Franz Hartmann, um dos mais importantes colaboradores do movimento Teosófico; Krumm-Heller, responsável pela expansão da Fraternitas Rosacruciana Antiqua (F.R.A.); Gerald Gardner, considerado como o "pai" da Wicca; Karl Germer, sucessor de Crowley como líder da O.T.O.; Kenneth Grant, que muitos consideram o verdadeiro herdeiro mágico de Crowley, lideraria uma variação da Ordem na Inglaterra; H. Spencer Lewis, fundador de um bem conhecido movimento neo-rosacruciano denominado AMORC; além do próprio Crowley.Conforme dito por Crowley, seu aparentemete bizarro primeiro encontro com Reuss, definitivamente, marcaria o destino da Ordem alemã. Crowley, após ter sido acusado de divulgar abertamente este segredo, expõe a Reuss que este teria sido aprendido por ele quando de sua viagem ao Oriente e que já o praticava há muito; sendo-lhe impossível saber ser este o mesmo Santo Segredo cultivado pela O.T.O.Nesta época, Reuss, desejoso de ver sua O.T.O. expandida pela Europa, costumava conferir a alguns nomes de expressão no cenário ocultista, patentes de Reis Nacionais de sua Ordem. Assim, o desenvolvimento da conversa entre ambos, levou Reuss a nomear Crowley líder da O.T.O. para os países da língua Inglesa. Essa tarefa foi exercida por Crowley através do Mote Baphomet.Crowley então, passaria a escrever (e também reescrever) os Rituais da O.T.O. sob a luz de seu Liber Legis.Um pouco depois, em 1914, acompanhado de Mary d'Esté Sturges (Soror Virakam), escreve seu famoso Magia em Teoria e Prática (conhecido por "Magick"), mais tarde, quando acrescentado de outras três partes, seria publicado como o Book Four, também chamado de Liber ABA.Em 12 de Outubro de 1915, em seu quadragésimo aniversário, Aleister Crowley toma o Mote de TO MEGA THERION, 666, para o 9=2, o Grau de Magus da A.'.A.'. E, como 666, Crowley concebe uma das mais belas páginas da literatura esotérica, Liber Aleph, The Book of Wisdow or Folly, uma Epístola de 666 a seu Filho 777 (Frater Achad, Charles S. Jones). Em 1919, publica o primeiro número do terceiro volume do The Equinox.Um dos mais curiosos feitos da Besta, teve lugar com a fundação, em 2 de abril de 1920, da Abadia de Thelema, em Cefalu, Sicília, Itália. Depois, Crowley, em secreto juramento, assume, em maio de 1921, o Grau de 10o=1 A.'.A.'., Ipississimus. A Abadia funcionou até 1923, quando Crowley foi expulso da Itália por Mussolini.Em 1925 Theodor Reuss falece. Crowley é convocado para uma reunião internacional da O.T.O., onde os rumos da Ordem de Reuss seriam traçados. Crowley é "convidado" a ser o Chefe Internacional da Ordo Templi Orientis. Aceita e toma o Santo Mote de Deus est Homo.Durante os anos seguintes, Crowley viveu alternadamente na França, Alemanha e Norte da África. Nesta época ele viria a conhecer duas pessoas que, além de serem discípulos e amigos, seriam depois importantes personagens dentro da história de Thelema: Karl Germer e Israel Regardie. Expulso da França em 1929 sob acusação de ser agente alemão, Crowley retorna à Inglaterra.A publicação de suas Confissões, em 1930, proporcionou a Crowley um interessante encontro com um dos maiores gênios da literatura portuguesa. Estamos falando de Fernando Pessoa (1888-1935). Pessoa, que além de célebre poeta era um competente astrólogo, fascinado pelas ciências esotéricas, envia, neste mesmo ano, uma carta a Crowley, indicando erros em seu mapa natal. Crowley, entusiasmado com o conhecimento do poeta lusitano, contesta sua carta, dando-lhe razão, e expressa seu desejo de conhecê-lo.Pessoa, mesmo incomodado e receando tal encontro, recebe-o no porto de Lisboa. A lenda diz-nos que estranhos acontecimento tiveram vez naquela tarde, como um inexplicado nevoeiro que, descendo na cidade de Lisboa, atrasou o barco que conduzia a Besta ao encontro do criador de Álvaro de Campos. E tanto foi a admiração e fascínio de Pessoa para com o pior homem do mundo, que, no famoso caso da Boca do Inferno, onde Crowley simulou um trágico suicídio, Pessoa testemunhara, confirmando o que supostamente teria ocorrido a seu novo amigo.Pessoa, que vira naquele estranho inglês um irmão nos Mistérios, a partir do encontro e da amizade com Crowley, em muito mudou o tom de sua poesia. Adentrou-se no estudo do simbolismo, publicando obras de notável valor, até sua prematura morte, em 1935.Crowley segue e, entre casos amorosos e escândalos sexuais, drogas, e causas judiciais, publica nos anos 30 uma série de ensaios e instruções que comporiam os números subseqüentes de The Equinox Vol. III, o qual fora iniciado em 1919. O já citado The Equinox of the Gods, relatando suas experiência no Cairo e a escritura de Liber Legis, é publicado privadamente em 1936.Trabalhando com Lady Frieda Harris, Crowley, ao longo de cerca de cinco anos, concebe um Tarot de modo que a imagem do Eon fique registrada. O resultado final é o maravilhoso The Book of Thoth, onde a principal mensagem de sua obra está apresentada de forma sintética. Durante esse trabalho com Lady Harris, em 1942, na forma de um manifesto da O.T.O., Crowley publica Liber OZ, a Carta dos Deveres e Direitos dos homens e das mulheres. Alguns seguidores de Crowley são enfáticos quando afirmam que algo muito parecido seria elaborado alguns anos depois pela ONU.Seus últimos anos, a partir de 1945, são vividos em Hastings, onde uma série de novos discípulos continuam recebendo instruções. E assim Kenneth Grant, John Symonds, Grady McMurty, conhecem a Besta. Desta época, vem sua última obra, consistindo numa coletânea de cartas dirigidas a uma jovem discípula, que foram publicadas bem mais tarde, após a sua morte, como Magick Without Tears.No primeiro dia de dezembro de 1947, aos 72 anos, Aleister Crowley, serenamente segundo alguns, exultante segundo outros, e ainda perplexo, segundo terceiros, falece, vítima de bronquite crônica e complicações cardíacas.Quatro dias depois, no crematório de Brighton, assistido por um reduzido número de admiradores e discípulos, é realizada a cerimônia que ficou conhecida como "O Último Ritual", com a leitura de trechos da Missa Gnóstica, e de seu maravilhoso Hino a Pã. Realizara-se, assim, a última vontade da Besta.
Matéria assinada por Carlos Raposo, extraída do site: http://www.artemagicka.com

domingo, 2 de janeiro de 2011





OS CHAKRAS



A palavra chakra vem do sânscrito e significa roda, disco, centro, plexo. Nesta forma eles são percebidos por videntes como vórtices ( redemoinhos ) de energia vital também chamada "prana", espirais girando em alta velocidade, vibrando em pontos vitais de nosso corpo. Os chakras são pontos de interseção entre vários planos e através deles nosso corpo etérico se manisfesta mais intensamente no corpo físico.



Os vedas ( 2.000 a. C. ) contêm os mais antigos registros sobre chakras de que se tem notícia. Quando foram escritos, a Yoga já sistematizava o conhecimento e o trabalho energético dos chakras.



Os principais chakras são sete, dispostos desde a base da coluna vertebral até o alto da cabeça e cada um corresponde à uma das sete principais glândulas do corpo humano. Cada um destes chakras está em estreita correspondência com certas funções físicas, mentais, vitais ou espirituais. Confira na tabela abaixo:



Num corpo saudável, todos esse vórtices giram a uma grande velocidade, permitindo que a "prana", flua para cima por intermédio do sistema endócrino. Mas se um desses centros começa a diminuir a velocidade de rotação, o fluxo de energia fica inibido ou bloqueado - e disso resulta o envelhecimento ou a doença.

Os chakras são conectados entre si por uma espécie de tubo etérico ( Nadi ) principal chamado "sushumna", ao longo do eixo central do corpo humano, por onde dois outros canais alternados "Ida" que sai da base da espinha dorsal à esquerda de sushumna e "pingala" à direita ( na mulher estão ivertidas estas posições ).



Os nadis conduzem e regulam a "prana" ( energias Yin e Yang ) em espirais concêntricas. Estes nadis são os principais, entre milhares, que percorrem todo o corpo em todas as direções, linhas meridianos e pontos. Para os hindus os nadis são sagrados, é por meio da "Sushumna" que o iogue deixa o seu corpo físico, entra em contato com os planos superiores e traz para o seu cérebro físico a memória de suas experiências.








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O CORPO FÍSICO E OS CHAKRAS


Nosso corpo físico tem uma ligação sutil com o mundo astral. É através do desequilíbrio desta energia vital que as pessoas adoecem e acabam obstruindo esta ligação com o divino. Daí, a relação entre as doenças e as crises emocionais. É muito comum ver pessoas que acabam somatizando e transformando energias negativas, depressão, raiva, ódio, solidão, em doenças físicas, como cânceres e outras mais graves. Nosso corpo físico tem pontos, que quando ativados, fazem fluir a energia vital, nos trazendo alegria e, principalmente, saúde. É através dos nadis (meridianos) - caminhos invisíveis dentro do nosso organismo - que a energia vital caminha por todo o nosso corpo e chega aos chakras, em pontos que concentram vibrações mais específicas, conforme veremos à seguir:












Muladhara - O primeiro chakra, situado na base da espinha dorsal, relaciona-se com o poder criador da energia sexual. Quando esse chakra está enfraquecido indica distúrbios da sexualidade ou disfunções endócrinas. Quando excessivamente energizado, indica excesso de hormônios, sexualidade exacerbada ou até mesmo a presença de um tumor no local.



Svadhisthana - O segundo chakra, também chamado esplênico ou do baço, é responsável pela energização geral do organismo, e por ele penetram as energias cósmicas mais sutis, que a seguir distribuem pelo corpo. Quando esse chakra é estimulado, propicia uma boa captação energética.














Manipura - O terceiro chakra, localiza-se na região do umbigo ou do plexo solar, e está relacionado com as emoções. Quando muito energizado, indica que a pessoa é voltada para as emoções e prazeres imediatos. Quando fraco sugere carência energética, baixo magnetismo, suscetibilidade emocional e a possibilidade de doenças crônicas.



Anahata - O quarto chakra situa-se na direção do coração. Relaciona-se principalmente com o timo e o coração. Sua energia corresponde ao amor e à devoção, como formas sutis e elevadas de emoção. Na tradição católica, este chakra é simbolizado pelo coração luminoso de Cristo. Quando ativado desenvolve todo o potencial para o amor altruísta. Quando enfraquecido indica a necessidade de se libertar do egoísmo e de cultivar maior dedicação ao próximo. No aspecto físico, também pode indicar doenças cardíacas.




Visuddha - O quinto chakra fica na frente da garganta e está ligado à tireóide. Relaciona-se com a capacidade de percepção mais sutil, com o entendimento e com a voz. Quando desenvolvido, de forma geral, indica força de caráter, grande capacidade mental e discernimento. Em caso contrário, pode indicar doenças tireoidianas e fraquezas de diversas funções físicas, psíquicas ou mentais.




Ajna - O sexto chakra situa-se no ponto entre as sobrancelhas. Conhecido como "terceiro olho" na tradição hinduísta, está ligado à capacidade intuitiva e à percepção sutil. Quando bem desenvolvido, pode indicar um sensitivo de alto grau. Enfraquecido aponta para um certo primitivismo psico-mental ou, no aspecto físico, para tumoração craniana.




Sahasrara - O sétimo é o mais importante dos chakras, situa-se no alto da cabeça e relaciona-se com o padrão energético global da pessoa. Conhecido como chakra da coroa, é representado na tradição indiana por uma flor-de-lótus de mil pétalas na cor violeta. Através dele recebemos a luz divina. A tradição de coroar os reis fundamenta-se no princípio da estimulação deste chakra, de modo a dinamizar a capacidade espiritual e a consciência superior do ser humano.


Alguns clarividentes conseguem enxergar cada um desses pontos, com sua forma e cor específica. Através da Radiestesia e outras formas de tratamentos alternativos, pôde-se constatar que a maioria das doenças são decorrentes do desequilíbrio dos chakras ou da entrada de energia negativa nesses pontos vitais.

Os chakras harmonizados nada mais são do que o equilíbrio entre as polaridades Yin (feminino, frio e úmido) e Yang (masculino, quente e seco). O esquema dos sete chakras é o mais usado nas terapias alternativas. Entretanto, existem inúmeros outros chakras menores, atuando num esquema dinâmico de intercâmbio energético.

Sua função é de receber e transmitir energia para as áreas afetadas do corpo físico, trazendo o equilíbrio. Trabalhando com os chakras, é possível unir todos os aspectos de nossas vidas, incluindo os aspectos físicos, materias, espirituais, sexuais e etc.







Os chakras são centros de conjunção de energias que circulam ao longo de uma espécie de "sistema nervoso subtil" que se chama Nadis. É por eles que circula a energia vital: PRANA


Os chakras criam-se no ponto de intersecção dos Nadis. É nestes centros de força que se encontram o plano terrestre e o plano cósmico. Apresentam-se sob a forma de um cone (funil) e a raiz dos sete chakras principais está conectada ao canal central (o canal Sushumna), com uma parte nas costas, que recebe a energia, e a parte da frente, que a emite. Quando se trata um chakra desperta-se a Kundalini.

É através destes centros de energia que os seres humanos recebem e transmitem. Os chakras alimentam o corpo físico e todos os corpos subtis, alimentam-se de tudo o que, no universo, é energia.

Todos os nossos estados de consciência são condicionados pelo estado energético dos nossos chakras.
No corpo físico, encontra-se sete chakras principais, sendo três mestres e quatro maiores. Sabemos que existe trezentos chakras menores espalhados pelo corpo físico. Também há muitos chakras que se encontram fora do corpo. Quando todos os chakras estão abertos e balanceados, a energia nos permite comunicar com os espíritos do Universo.

Os chakras são divididos da seguinte maneira:

- - Os três chakras localizados na cabeça e na região da garganta, são governados pela razão.
- - Os chakras que estão localizados na frente do corpo, são governados pela emoção.
- - Os chakras que estão localizados na parte de trás do corpo, são governados pelo desejo.



Cada chakra está associado com uma das sete cores do arco-íris.


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